quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Homilia da Missa da Noite de Natal

Igreja do Seixal - 2014

Pe. Marco Luis



  Nesta Santa Noite de Natal queria convidar-vos a olharmos para Jesus com os olhos de São José. Contemplamo-lo junto à Virgem Maria em todas as horas e também nesta hora em que Maria dá à luz o nosso Salvador, o Filho do Altíssimo. O lugar de José no presépio é discreto e ao mesmo tempo tão privilegiado.

   São José recebeu Nossa Senhora como também nós queremos receba-La, amá-La, respeitá-La, para assim recebermos e amarmos verdadeiramente Jesus Cristo, nosso Salvador. S.José acolheu a Vontade de Deus, como também nós queremos cumprir prontamente a mesma Vontade de Deus como nos ensina a docilidade do santo patriarca. S. José confiou nos desígnios de Deus como também nós queremos aprender a confiar, a ter fé. S. José que guardava Jesus foi guardado e inspirado pelos Santos Anjos, como nós queremos deixar-nos conduzir pelos nossos anjos da guarda. No coração de José entoará para sempre o cântico do glória da noite de Natal com que os anjos cantavam glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados.

   S. José acolheu o Salvador nos seus braços e nos braços de Jesus Cristo expirou no fim da vida alcançando a salvação eterna, também nós em cada Eucaristia recebemos Jesus que nos salva. S. José no meio de trabalhos e tribulações da vida tornou-se modelo de paciência e confiança na Providencia de Deus que sempre cuida de nós no meio das canseiras e perigos desta vida. S. José que com Maria e Jesus viveu refugiado no Egipto ensina-nos que Jesus é o nosso próprio refúgio na vida e nos faz rezar por todos os refugiados com que o nosso tempo é marcado e de forma especial nas noites frias de Natal. S. José venceu o ódio de quem procurava tirar a vida ao Menino com o seu muito amor pelo mesmo Menino Jesus, vencer o mal com o bem é igual caminho para cada um de nós. S. José é o homem do silêncio que lhe permite ver a Deus feito criança, também nós no santo recolhimento da oração somos capazes de ver a Deus onde outros não vêm porque o olhar do amor faz ver o invisível. Deus que assumiu um corpo humano teve em S. José o fiel guarda e por isso o Justo José permanece o guarda do Corpo de Cristo que é a Santa Igreja. S. José é modelo de virtudes na esponsalidade e paternidade, Maria e José permanecem modelo para todas as famílias. 

  A Sagrada Família recorda -nos aquilo que cada Família é chamada a ser. Mas S. José permanece o mais discreto porque ele só se entende com Jesus no centro, ele é homem da verdade que gera a humildade que queremos imitar, de ter Jesus no centro das nossas vidas.

  Contemplar a José para viver com a sua fé: Ver Jesus com aqueles olhos clarividentes de fe, de tal modo que o que está oculto aos olhares cegos do mundo, José simplesmente aceita, acreditando com todas as consequências em Deus: “não temas, o Menino que vai nascer é Filho de Deus”. Homens e mulheres de fé são imprescindíveis para poder contemplar, como José, o indefeso e a todos os indefesos, para que assim cessem todas as formas de violência que tantos sofrimentos causam, e terminem as guerras, buscando soluções pacíficas e respeitosas da dignidade humana.

  Comecemos pelas nossas famílias, pela nossa comunidade, pelo nosso país, mas sem ficarmos fechados sobre nós mesmos saibamos ir mais longe, fazendo-nos intercessores junto de Deus nesta noite por aqueles que vivem a noite fria da solidão, a noite fria da guerra, a noite fria do campo de refugiados de Erbil no Norte do Iraque, a noite fria e longa da guerra entre irmãos na Palestina, a noite fria de tantos lares onde não se acolhe verdadeiramente este Menino que é Deus presente no meio de nós, o Príncipe da Paz. Com a nossa oração aquecemos todos esses corações no fogo do Amor Divino que esta noite revela e renova. Fazemo-lo com a ajuda de São José:" Não sei verdadeiramente como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo em que passou com o Menino Jesus, sem dar graças a São José, pelo auxílio que Lhes prestou", diz Santa Teresa de Jesus. É este mesmo auxílio que invocamos de São José para os nossos irmãos sem liberdade e sem paz esta noite, para celebrarem o Nascimento do Redentor. Estes nossos irmãos, em maior sofrimento, talvez segundo as palavras de Santa Teresa de Jesus se pareçam mais com o nosso " Rei que não teve casa a não ser o presépio de Belém onde nasceu e a Cruz onde morreu".

  Na mensagem que o Papa Francisco escreveu ontem aos cristãos do Médio Oriente, que sofrem a perseguição, o Papa pensa “especialmente” nas crianças, nas mães, nos idosos, nos deslocados e nos refugiados.
  
  “Este sofrimento brada a Deus e faz apelo ao compromisso de todos nós por meio da oração e de todo o tipo de iniciativa. Desejo exprimir a todos unidade e solidariedade, minha e da Igreja, e oferecer uma palavra de consolação e de esperança”.

  O Papa revelou também que espera ter “a graça de ir pessoalmente” visitar e confortar os cristãos do Médio Oriente.
   
  “Quis escrever-vos para vos encorajar e dizer como são preciosas a vossa presença e a vossa missão nessa terra abençoada pelo Senhor. O vosso testemunho faz-me muito bem”, explicou o Papa Francisco
  
 A celebração do Nascimento de Jesus é fortalecimento dos fiéis, no divino sacramento da Eucaristia Jesus fez-se nossa comida e nossa bebida, como rezamos na oração pós comunhão da Missa da Vigília de Natal. Nas orações pós-Comunhão da Missa da Noite, da Missa da Aurora e Missa do dia, acentua-se o pedido de que a alegria de celebrar o nascimento do Salvador corresponda à graça de viver uma vida santa, de conhecer o mistério de Deus com uma fé viva e caridade ardente, que na comunicação que Deus nos faz da Sua vida divina sejamos participantes  da sua imortalidade.

  Porque é que Deus se fez visível aos nossos olhos? A resposta está de forma clara no prefácio da Missa de Natal, " Pelo mistério do Verbo Encarnado nova luz brilhou sobre nós para, que contemplando a Deus visível aos nossos olhos, aprendamos a amar o que é invisível". E quem melhor que Maria e José para nos ajudarem a contemplar Jesus visível aos nossos olhos?!

  A terra exulta com a alegria do céu: que toda a criação exulte de alegria, com todos os anjos e Santos cantamos Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados: " Hoje nasceu o nosso Salvador, Jesus Cristo Senhor".


Jesus, Maria, José, nossa Família e Paróquia Vossa é!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Tempo de Natal

24 Dezembro
00.00 - Missa do Galo
 
25 Dezembro - Natal do Senhor
10.00 - Missa
12.00 - Missa

28 Dezembro - Dia da Sagrada Família
12.00 Missa - Bênção dos Casais
 
1 Janeiro - Santa Maria Mãe de Deus
19.00 - Missa Vespertina no dia 31/12 
10.00 - Missa
12.00 - Missa

4 Janeiro - Epifania do Senhor
10.00 - Missa com Bênção das crianças
12.00 - Missa com Bênção das crianças

11 Janeiro - Baptismo do Senhor
10.00 - Missa com Baptismos de crianças da catequese






terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Mensagem de Natal - D. Gilberto, Bispo de Setúbal

É Natal.
Alegremo-nos.
 
Alegremo-nos porque Jesus, nascido de Maria, vem santificar as pessoas, a famílias e fazer da humanidade uma grande família de muitas famílias.
 
Alegremo-nos pela família que nos gerou e educou para a liberdade e para o amor.
 
Alegremo-nos pela Diocese de Setúbal, família da fé e para a fé, que prepara a celebração dos seus primeiros quarenta anos de vida
Alegremo-nos porque o Menino do presépio ilumina os sínodos convocados pelo Papa Francisco para dar, à luz de Deus, respostas às situações difíceis de muitas famílias.
 
Alegremo-nos pelos casais que vivem na alegria da fidelidade conjugal, da abertura à vida, da oração na família e na Eucaristia e na alegria de anunciar Jesus aos filhos e aos vizinhos.
 
É Natal, Jesus está connosco.

Alegres pelo Seu nascimento, encontremos tempo para O contemplar e para Lhe abrir o coração de par em par nos mil sinais do Natal.
 
Alegres pelo Seu nascimento, levemos esperança aos casais vítimas do desemprego e da pobreza, aos casais com medo de acolher os filhos gerados, aos casais em que há pessoas com deficiência ou prisioneiras da droga ou da violência.
 
Alegres pelo Seu nascimento, apoiemos os movimentos de espiritualidade conjugal e familiar, os casais que cultivam e anunciam o Evangelho da família e aqueles que se esforçam por criar leis favoráveis ao desenvolvimento harmónico das famílias.
 
Então brilhará com intensidade a Luz do Natal em nós e na humanidade, mesmo no meio das maiores dificuldades da vida.
 
Jesus nasceu, é Deus connosco, alegremo-nos.

FELIZ e SANTO NATAL neste ano 2014.
 
+ Gilberto, Bispo de Setúbal



 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Nota Pastoral - Convite à celebração do Ano da Vida COnsagrada


 
Caros Diocesanos:
 
Por iniciativa do Papa Francisco, no cinquentenário do documento do Concílio Vaticano II sobre a vida religiosa, vai dedicar-se um 'ano' à Vida Consagrada, com início no dia 30 de Novembro e encerramento em 2 de Fevereiro de 2016.
 
A Conferência Episcopal Portuguesa, no seguimento da iniciativa do Santo Padre, publicou há dias a carta pastoral “Chamados a levar a todos o amor de Deus”, onde convida toda as igrejas a aproveitarem este ano para celebrarem e para apreciarem com renovada atenção a Vida Consagrada.
 
Feliz com esta iniciativa convido toda a Diocese - clero, leigos, movimentos e obras, consagrados e os diversos secretariados ou comissões - ao aproveitamento deste ano para a redescoberta do dom e do tesouro da Vida Consagrada. Peço também ao clero, aos responsáveis dos vários serviços e movimentos bem como aos catequistas e professores de EMRC que sensibilizem a todos os que lhes estão confiados para a redescoberta do dom precioso da Vida Consagrada.
 
A Vida Consagrada - mais abrangente que a 'vida religiosa' - está presente entre nós com sete institutos religiosos masculinos, a maioria padres; com 13 institutos religiosos femininos, incluindo o mosteiro da vida contemplativa, com dois novos movimentos tais como a Comunidade Shalon, no Cristo Rei e a Comunidade Aliança da Misericórdia, no Álamo e ainda com a ordem das Virgens e com as Auxiliares do Apostolado.
 
Espero que esta iniciativa do Papa Francisco nos ajude a manifestar-lhes apreço e gratidão pelo seu serviço nesta nossa querida Igreja de Setúbal e, dum modo muito especial, pelo 'serviço' de nos convidarem a colocar a Deus, em tudo e sempre, em primeiro lugar e de nos lembrarem que “ não temos aqui cidade permanente” (Heb.13,14) porque “somos cidadãos do Céu” (Fil.3,20). Espero também que este 'Ano' contribua para aprofundar a pastoral vocacional e para pedir ao Senhor novas vocações de consagração especial. Espero ainda que contribua para que cada consagrado - cada um com o seu carisma - nos ajude a viver e a testemunhar a alegria do evangelho, nos estimule a ir ao encontro dos irmãos mais fragilizados para os trazer para o centro e que nos ajude a viver com intensidade e com alegria a preparação para os quarenta anos da nossa Diocese sob o lema: 'Igreja de Setúbal, com Maria, alegra-te e evangeliza'.
 
No início do 'Ano da Vida Consagrada' convido a todos à leitura da carta da Conferência Episcopal sobre a Vida a Consagrada e, de modo muito especial, convido a todos vós, caros diocesanos, para a celebração do dia da Diocese, no dia 8 de Dezembro, na nossa Sé, às 16 horas para aí fazermos memória agradecida a Deus pela presença da Vida Consagrada na Diocese. De modo especial, espero a presença das comunidades 'servidas' pelos consagrados/as. Será uma boa maneira de entrarmos com o pé direito no ano da Vida Consagrada.
Implorando a bênção de Deus sobre cada um de vós, caros amigos, confio-me também com toda a Diocese à vossa oração.
 
23 de Novembro 2014, Solenidade de Cristo Rei.
+ Gilberto, Bispo de Setúbal

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

07/ 12 16h - Apresentação do Livro "Vim para Adorar-Te"



Apresentação de livro de Orações e Meditações no dia 7 de Dezembro as 16h na Igreja do Seixal no âmbito do tríduo da Padroeira, N.Sra. da Conceição, seguida de Adoração do Santíssimo.

Este livro surge no enquadramento da Adoração do Santíssimo Sacramento todas as manhãs na Igreja do Seixal, rezando pela vida matrimonial, vida consagrada (cujo ano da  Vida consagrada  iniciou no passado Domingo), rezando pelos sacerdotes, também pela paz no mundo de forma especial pelos cristãos perseguidos na fé.
 
A obra fruto do trabalho do casal Cristina e Pedro Silva, também do Pe. Marco Luís, da Paroquia do Seixal, é publicada pela AIS com uma amplitude nacional para promover mais a oração, em particular da Adoração do Santíssimo Sacramento.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Turquia: Papa apontou caminho de diálogo sob a sombra do terrorismo e da crise no Médio Oriente

(Lusa)
(Lusa)

 
             
Viagem de três dias marcada por preocupação com refugiados, aproximação à Igreja Ortodoxa e gestos de respeito pelo Islão




Istambul, Turquia, 30 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa encerrou hoje em Istambul uma visita de três dias à Turquia, a sexta viagem internacional do pontificado, na qual deixou vários apelos contra o terrorismo e o fundamentalismo, lembrando as vítimas das guerras no Médio Oriente.

Francisco foi recebido pelas autoridades políticas do país em Ancara, começando por sublinhar o papel da Turquia como “ponte” entre dois continentes e a sua responsabilidade no combate ao extremismo, particularmente visível na ação do ‘Daesh’, o autoproclamado Estado Islâmico.
“Particularmente preocupante é o facto de que, sobretudo por causa de um grupo extremista e fundamentalista, comunidades inteiras – especialmente de cristãos e yazidis, mas não só – tenham sofrido, e ainda sofram, violências desumanas por causa da sua identidade étnica e religiosa”, declarou, no segundo discurso da viagem, no ‘Diyanet’, a Presidência para os Assuntos Religiosos - a mais alta autoridade islâmica sunita na Turquia.

Tal como fizera no palácio presidencial de Ancara, onde o terrorismo e as perseguições contra minorias religiosas na Síria e Iraque, Francisco recordou as centenas de milhares de pessoas que foram tiradas “à força das suas casas” e “tiveram de abandonar tudo para salvar a sua vida e não renegar a fé”.

O segundo dia da viagem, já em Istambul, começou com uma visita à Mesquita Azul, onde à imagem de Bento XVI, o Papa se descalçou e se manteve em "adoração silenciosa", virado para Meca, durante mais de um minuto.

Mais tarde, na única celebração pública para a comunidade católica, Francisco desafiou os vários membros da Igreja, nos seus diversos ritos, a construir a “unidade” entre si, rejeitando qualquer postura “defensiva”.

A reta final da viagem centrou-se no diálogo com o Patriarcado Ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), em vários encontros ecuménicos com Bartolomeu I, ‘primus inter pares’ no mundo ortodoxo, a quem o Papa pediu que o abençoasse a si e à “Igreja de Roma”.

Os dois responsáveis, que sublinharam os avanços rumo à “comunhão plena” entre as duas Igrejas, mostraram a sua preocupação com o Cristianismo no Médio Oriente, numa declaração conjunta.
Francisco e Bartolomeu I denunciaram a “dramática situação dos cristãos e de todos aqueles que sofrem no Médio Oriente”, que exige “não só uma oração constante mas também uma resposta apropriada por parte da comunidade internacional”.

“Não podemos resignar-nos com um Médio Oriente sem os cristãos, que ali professaram o nome de Jesus durante dois mil anos”, sustentam.

Antes, na igreja patriarcal de São Jorge, onde Francisco se associou à festa de Santo André, patrono do Patriarcado de Constantinopla, o Papa denunciou o “pecado gravíssimo” da guerra, recordando as vítimas dos países vizinhos, numa alusão indireta à ação dos jihadistas do Daesh.

“Algumas nações vizinhas estão marcadas por uma guerra atroz e desumana” declarou.

Simbolicamente, o programa concluiu-se com um encontro privado entre o Papa e um grupo de jovens e adolescentes refugiados, criticando “o triste resultado de conflitos exacerbados e da guerra, que é sempre um mal e nunca constitui a solução dos problemas, antes pelo contrário, cria outros”.

Esta foi a sexta viagem internacional do atual pontificado e a quarta visita de um Papa à Turquia

OC
 

Ter paciência e saber esperar

 
Comentário da jornalista vaticanista da Renascença à viagem do Papa Francisco à Turquia.
30-11-2014 23:38 por Aura Miguel
No primeiro dia da visita à Turquia, em Ankara, Francisco condenou o fundamentalismo, falou de direitos humanos e liberdade religiosa; mas também ouviu como resposta, por parte das autoridades políticas e muçulmanas, que é preciso condenar a islamofobia, ou seja, o ódio contra o Islão.
 
Na manhã seguinte, em Istambul o Papa cumpriu o gesto simbólico de entrar descalço na mesquita azul (tal como Bento XVI o tinha feito em 2006) mas, neste Domingo, após ter encontrado jovens refugiados que fugiram do Médio Oriente, com as suas famílias, vítimas do fanatismo islâmico, Francisco voltou ao assunto, em conversa com os jornalistas, a bordo do avião.
 
O Papa esclareceu que “nem todo o Islão é mau e que o Corão é um livro de paz”, mas que é preciso haver “uma condenação mundial do extremismo islâmico por parte dos líderes políticos, religiosos e intelectuais muçulmanos”.

Francisco revelou que gostaria de ter ido a um dos 22 campos que acolhem mais de um milhão de refugiados junto à fronteira turca, mas que isso não foi possível, não por vontade sua... Ainda a propósito dos cristãos vítimas dos radicais islâmicos, o Papa também mostrou vontade de ir ao Iraque, chegou mesmo a falar com o patriarca dos caldeus, Mons. Louis Sako, enviou àquele país o cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, mas todos reconheceram que a sua presença naquela zona “aumentaria ainda mais os problemas de segurança”.
 
Quanto ao diálogo com os ortodoxos de Constantinopla, o caminho vai de vento em popa, com mútuos sinais de amizade e desejo de comunhão, com uma declaração conjunta assinada por Francisco e Bartolomeu, onde se reconhece que “não nos podemos dar ao luxo de agir sozinhos, porque os actuais perseguidores dos cristãos não perguntam às vítimas qual é a igreja pertencem.”
 
“O caminho será longo e requer paciência”, conclui Francisco com um sorriso no regresso a Roma. E os ortodoxos de Moscovo, o pensarão disto? Resposta do Papa: “Temos de esperar, também gostaria de lá ir, ou ter um encontro com o Patriarca Kyrill, mas por causa da guerra (na Ucrânia), isso agora passou para 2º plano”.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

30/11 - 15:30 - Filme "TERESA DE JESUS"

Dia 30 de Novembro
( Dia do inicio do Ano da Vida Consagrada) 
das 15.30 as 19.30 na Igreja do Seixal
sessão de cinema
 "Teresa de Jesus"
 no âmbito da celebração dos 500 anos do seu nascimento 
e da
 apresentação da Peregrinação Paroquial a Ávila, Alba de Tormes e Salamanca.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Papa propõe harmonia e diálogo para superar crises europeias

2014-11-25 Rádio Vaticana
 

Estrasburgo (RV) – A visita ao Conselho da Europa foi a segunda e última etapa da viagem de Francisco a Estrasburgo, na França.
 
Trata-se da mais antiga organização intergovernamental europeia, que reúne o maior número de países europeus: 47 Estados-membros, com uma população de 800 milhões de pessoas. O Conselho foi instituído em 1949, com a finalidade de promover a democracia, os direitos humanos, o estado de direito e a busca de soluções comuns aos desafios do continente. É um órgão independente da União Europeia.
 
A paz foi o primeiro tema do discurso do Santo Padre – paz que estava na intenção dos fundadores do Conselho da Europa, 65 anos atrás. Para evitar o que aconteceu nas duas guerras mundiais do século passado, indicou o Papa, o caminho privilegiado é reconhecer no outro não um inimigo a combater, mas um irmão a acolher.
 
Trata-se de um processo contínuo, que não se pode jamais dar como plenamente alcançado. Para construí-la, o Papa citou o Beato Paulo VI, quando falava de um caminho constante de humanização, pelo que «não basta conter a guerra, suspender as lutas, (...) não basta uma paz imposta, p utilitária e provisória. É necessário tender para uma paz amada, livre e fraterna.
 
Infelizmente, notou Francisco, a paz é ferida ainda muitas vezes, inclusive na Europa, onde não cessam as tensões. “Quanto sofrimento e quantos mortos há ainda neste Continente, que volta facilmente a cair nas tentações de outrora!”, lamentou.
 
A paz é posta à prova por inúmeras formas de conflito, como o terrorismo religioso e internacional, alimentado pelo tráfico de armas. A paz é violada também pelo tráfico de seres humanos, “a nova escravatura do nosso tempo que transforma as pessoas em mercadoria de troca, privando as vítimas de toda a dignidade”.
 
Francisco advertiu os europeus para as insídias que ameaçam a unidade, como a globalização da indiferença, quando o conceito de direito humano é substituído pela ideia de direito individualista. “O individualismo torna-nos humanamente pobres e culturalmente estéreis”, alertou. Do individualismo indiferente nasce o culto da opulência, a que corresponde a cultura do descarte onde estamos imersos.
Para o Papa, temos hoje diante dos olhos a imagem duma Europa ferida pelas inúmeras provações do passado, mas também pelas crises do presente: o acolhimento aos imigrantes, o desemprego, sobretudo juvenil, e os inúmeros pobres que vivem no continente. Crises que fazem com que seus cidadãos se sintam cansados e pessimistas, assediados pelas novidades provenientes de fora.
 
A Europa deve refletir se o seu imenso patrimônio humano, artístico, técnico, social, político, econômico e religioso é um simples legado de museu do passado, ou se ainda é capaz de inspirar a cultura e descerrar os seus tesouros à humanidade inteira. Na resposta a esta questão, tem um papel de primária importância o Conselho da Europa, com as suas instituições”, declarou.
 
Para superar este momento, Francisco propõe o desafio da multipolaridade e o da transversalidade. Isto é, o desafio de uma harmonia construtiva e o do diálogo entre as gerações, as culturas e as religiões.
 
Espero vivamente que se instaure uma nova cooperação social e econômica, livre de condicionalismos ideológicos, que saiba encarar o mundo globalizado, mantendo vivo o sentimento de solidariedade e caridade mútua que tanto caracterizou o rosto da Europa.”
 
O Papa garantiu a colaboração da Santa Sé com o Conselho da Europa, para realizar juntos uma reflexão que estabeleça uma espécie de “nova ágora”, na qual cada instância civil e religiosa possa livremente confrontar-se com as outras, animada exclusivamente pelo desejo de verdade e de construir o bem comum, no respeito do meio ambiente.
 
Após seu discurso, o Pontífice saudou o Secretário-Geral do Conselho, o norueguês Thorbjørn Jagland, e algumas personalidades e se dirigiu ao aeroporto internacional de Estrasburgo, rumo ao Vaticano.
(BF)
 
 

Papa faz diagnóstico: Uma "Europa avó" presa no "tecnicismo burocrático"

 
Francisco deixa uma espécie de texto de estudo a todos os europeus e eurodeputados, onde aborda os principais problemas que a Europa enfrenta e alerta para a "cultura do descartável" e do "consumismo exacerbado".
 

25-11-2014 11:32 por Carla Caixinha


        
O "pastor" Francisco dirigiu-se a todos os cidadãos europeus para deixar uma "mensagem de esperança e encorajamento". Mas no seu discurso, no Parlamento Europeu, o Papa além de traçar um retrato de uma Europa "envelhecida e engelhada", deixou vários recados sobre a importância da família, da educação, das políticas de trabalho e da protecção da dignidade humana.

No primeiro discurso que fez na cidade francesa deixa uma espécie de texto de estudo a todos os europeus e eurodeputados, onde aborda os principais problemas. "Uma Europa avó que já não é fecunda nem vivaz. Daí que os grandes ideais que inspiraram a Europa pareçam ter perdido a sua força de atracção, em favor do tecnicismo burocrático das suas instituições".

O Papa pediu à Europa que recupere raízes religiosas e defenda a liberdade de culto. "Queridos eurodeputados, chegou a hora de construir juntos a Europa que gira não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".

Desafiou os representantes dos 28 Estados-membros, com mais de 500 milhões de habitantes, a deixar de parte a ideia de uma "Europa temerosa e fechada sobre si mesma" para promover a "Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé".

O drama da solidão e da cultura do descartável
No seu diagnóstico de "doenças" alerta para o drama da solidão. "Vêmo-la particularmente nos idosos, muitas vezes abandonados à sua sorte, bem como nos jovens privados de pontos de referência e de oportunidades para o futuro; vêmo-la nos numerosos pobres que povoam as nossas cidades; vêmo-la no olhar perdido dos imigrantes que vieram para cá à procura de um futuro melhor".

"Uma tal solidão foi, depois, agravada pela crise económica", sublinha.

A isto juntam-se estilos de vida egoístas, "caracterizados por uma opulência actualmente insustentável e muitas vezes indiferente ao mundo circundante, sobretudo dos mais pobres", disse, arrancado uma salva de palmas dos eurodeputados. O resultado é a "cultura do descartável" e do "consumismo exacerbado", alerta o Papa, pedindo aos eurodeputados para cuidarem da fragilidade dos povos.

"No centro do debate político, constata-se lamentavelmente a preponderância das questões técnicas e económicas em detrimento de uma autêntica orientação antropológica", advertiu.

Neste contexto, condenou o recurso à eutanásia e ao aborto, como frutos de uma visão que reduz o ser humano "a mera engrenagem dum mecanismo que o trata como se fosse um bem de consumo a ser utilizado, mas quando deixa de ser funcional é descartado, como no caso dos doentes terminais, dos idosos abandonados e sem cuidados, ou das crianças mortas antes de nascer".

Liberdade religiosa e a dignidade humanaNa sua intervenção recordou as numerosas injustiças e perseguições que atingem diariamente as minorias religiosas, especialmente cristãs, em várias partes do mundo. "Comunidades e pessoas estão a ser objecto de bárbaras violências: expulsas das suas casas e pátrias; vendidas como escravas; mortas, decapitadas, crucificadas e queimadas vivas, sob o silêncio vergonhoso e cúmplice de muitos", denunciou.

Segundo Francisco, promover a dignidade da pessoa significa reconhecer que ela possui "direitos inalienáveis" de que não pode ser privada por ninguém, "muito menos para benefício de interesses económicos". Defendeu ser necessária uma abertura ao transcendente para "afirmar a centralidade da pessoa humana", pois, caso contrário, esta "fica à mercê das modas e dos poderes do momento".

"Considero fundamental não apenas o património que o Cristianismo deixou no passado para a formação sociocultural do Continente, mas também e sobretudo a contribuição que pretende dar hoje e no futuro para o seu crescimento", observou.

Para o Papa argentino a Europa deve ser uma família de povos, onde as peculiaridades de cada um constituem uma autêntica riqueza. "Manter viva a realidade das democracias é um desafio deste momento histórico, evitando que a sua força real – força política expressiva dos povos – seja removida face à pressão de interesses multinacionais não universais, que as enfraquecem e transformam em sistemas uniformizadores de poder financeiro ao serviço de impérios desconhecidos. Este é um desafio que hoje vos coloca a história".

Papel da família e do trabalho
Família, trabalho e ecologia são outros dos temas abordados neste primeiro discurso. "A vós, legisladores, compete a tarefa de preservar e fazer crescer a identidade europeia, para que os cidadãos reencontrem confiança nas instituições da União e no projecto de paz e amizade que é o seu fundamento", lembrou.

O Papa destacou o papel central da "família unida, fecunda e indissolúvel" para a formação das novas gerações. "Sem uma tal solidez, acaba-se por construir sobre a areia, com graves consequências sociais. Aliás, sublinhar a importância da família não só ajuda a dar perspectivas e esperança às novas gerações, mas também a muitos idosos, frequentemente constrangidos a viver em condições de solidão e abandono, porque já não há o calor dum lar doméstico capaz de os acompanhar e apoiar".

Também sublinhou a importância da educação, que mais do que fornecer conhecimentos técnicos deve "favorecer o processo mais complexo do crescimento da pessoa humana na sua totalidade".

No campo do trabalho, realçou a relevância de "promover as políticas de emprego" e de "devolver dignidade ao trabalho", procurando "novas maneiras para combinar a flexibilidade do mercado com as necessidades de estabilidade e certeza das perspectivas de emprego". Para tal, é necessário promover um contexto social que "não vise explorar as pessoas, mas garantir, através do trabalho, a possibilidade de construir uma família e educar os filhos".

Neste discurso de 15 páginas recordou que a Europa sempre esteve na vanguarda do compromisso ecológico e da promoção de fontes alternativas de energia, "cujo desenvolvimento muito beneficiaria a defesa do meio ambiente".

Referindo-se ao sector agrícola, chamado a dar apoio ao homem, afirmou que "não se pode tolerar que milhões de pessoas no mundo morram de fome", enquanto toneladas de produtos alimentares são deitadas fora. "Além disso, respeitar a natureza lembra-nos que o próprio homem é parte fundamental dela".

A questão dos migrantes
Para Francisco, a Europa deve enfrentar em conjunto a questão migratória.

"Não se pode tolerar que o Mar Mediterrâneo se torne um grande cemitério! Nos barcos que chegam diariamente às costas europeias, há homens e mulheres que precisam de acolhimento e ajuda. A falta de um apoio mútuo no seio da União Europeia arrisca-se a incentivar soluções particularistas para o problema, que não têm em conta a dignidade humana dos migrantes, promovendo o trabalho servil e contínuas tensões sociais. É necessário agir sobre as causas e não apenas sobre os efeitos", advertiu.

A terminar, o Papa argentino disse aos eurodeputados que chegou a hora de construírem juntos uma "Europa que gira, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".

Arrancando novos aplausos dos eurodeputados, o Papa disse ser o momento de abandonar a ideia de uma "Europa temerosa e fechada sobre si mesma para suscitar e promover a Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé. A Europa que contempla o céu e persegue ideais; a Europa que assiste, defende e tutela o homem".

O Papa está Estrasburgo para a viagem internacional mais curta dos pontificados modernos. Depois do Parlamento segue-se a visita ao Conselho da Europa, com novo discurso de Francisco, marcada para as 12h05, última paragem antes do regresso a Roma, pelas 13h50.

Francisco torna-se o segundo Papa a visitar o Parlamento e o Conselho da Europa desde as suas fundações, depois de João Paulo II, que fez essa viagem em 1988.

Discurso na integra
 

sábado, 15 de novembro de 2014

23/11 - 11.00 - Lançamento do livro A ALEGRIA DE VIVER A FÉ

CONVITE

Fundação AIS tem o prazer de convidar todos os seus benfeitores e amigos para as várias sessões de apresentação do livro A Alegria de Viver a Fé.

A apresentação deste livro será feita por Dr. Waldery Hilgeman, Postulador do Cardeal Van Thuân, e pela Dra. Luisa Melo, do Conselho Pontifício Justiça e Paz, antiga secretária do Servo de Deus Van Thuân, no enquadramento da Igreja e dos Cristãos perseguidos no Vietname. 

Alegria de Viver a Fé é o título que, o então presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, o Arcebispo François-Xavier Nguyên van Thuân, escolheu para a série de conversas aqui publicadas. Elas foram recolhidas por alguns jovens que tiveram o privilégio de a elas assistir. Trata-se de textos pronunciados em várias ocasiões, com o objectivo de educar na fé os seus tão amados compatriotas que se encontram em várias partes do mundo. São, antes de mais, reflexões sapienciais de um pastor que sente a responsabilidade de formar o seu povo Vietnamita, para o ajudar a viver numa comunidade melhor.

(vídeo em Inglês) 


LOCAIS DO LANÇAMENTO:

Dia 19 de Novembro | PORTO
> Igreja do Santíssimo Sacramento (à Boavista), pelas 18H00
   Rua Guerra Junqueiro, nº600 
  
  
Dia 20 de Novembro | COIMBRA
> Centro Universitário Justiça e Paz, Sala B, pelas 18H00
    Couraça de Lisboa, nº30

Dia 21 de Novembro | LISBOA
> Igreja do Sacramento, pelas 17H00
   Calçada do Sacramento, nº11

Dia 22 de Novembro | MONTIJO
> Paróquia do Espírito Santo (Salão Paroquial), pelas 18H00
   Praça da República

Dia 23 de Novembro | SEIXAL

> Igreja Nossa Senhora da Conceição, pelas 11H00

   Largo da Igreja


Contamos com a sua presença. Compareça!

sábado, 1 de novembro de 2014

07/11 - Formação e apresentação livro ESPOSOS E SANTOS, DEZ PERFIS DE SANTIDADE CONJUGAL

Da Introdução, Livro " Esposos e Santos, dez perfis de santidade conjugal", a apresentar no dia 7 de Novembro as 21.30 na Igreja do Seixal pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar e Editora Paulinas.
 
"O esforço comum de conquista da santidade que Maria Beltrame Quattrocchi descrevia como uma «formação do tecido maravilhoso que resulta do conjunto dos dois» torna sólida, indissolúvel, a «unidade dos dois». A atual crise do matrimónio não pode ser resolvida pelas efémeras teorias das breves «curas», propostas pelos psicoterapeutas os pelos sociólogos, mas deve ser superada pelos próprios esposos, graças à sua profunda ligação a Deus que é Eterno Amor e deseja acolher na sua casa os seres humanos que se amam. A partir do momento da celebração do sacramento do matrimónio – mais que nunca e mais que em qualquer outro lugar – o amor humano está indissoluvelmente ligado ao Amor de Deus. Não se pode amar cada vez mais o cônjuge sem amar casa vez mais a Deus e vice-versa. Os esposos cristãos não se contentam com a felicidade corporal, para eles é natural aspirar à felicidade eterna. O verdadeiro amor ao outro exprime-se no desejo comum de santidade, porque é ela que assegura que, no futuro, os dois estarão juntos por toda a eternidade.
 Quando a Beata Maria Beltrame Quattrocchi, durante uma doença, tinha o pressentimento da morte próxima, escrevia numa carta ao marido: «Sempre te apoiarei, te confortarei, te defenderei das insídias do inimigo. […] Eu mesma, da terra ou do céu te apresentarei a Deus como algo de meu e Ele te ajudará sempre não por mim, mas porque já tudo o [que é] meu é inteiramente, totalmente de Jesus».
Também  Maria Beltrame Quattrocchi desejou a continuação da comunhão matrimonial descrevendo-a como a continuação da comunhão matrimonial, descrevendo-a como a recomposição do tecido que se tinha rompido depois da morte do seu Luigi. A Igreja, ao beatificar dois esposos, traz à plena luz esta nova forma de unidade dos dois que continua na communio sanctorum.
O fio condutor das histórias dos santos esposos que apresentamos é um grande, forte e imutável amor recíproco não fechado numa satisfação sentimental de contentar-se com um feliz «hoje», mas sempre em tensão para o aperfeiçoamento, para um «amanhã» melhor, um amanhã que prossegue na eternidade."

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Alerta grave para esta noite, perigo de morte para quem se deixar enganar.

Recebi ontem à noite este artigo interessante que acabei de traduzir, peço desculpa por alguma palavra menos bem traduzida mas a ideia é alertar e o tempo foi curto.

Além disso hoje é noite de oração, confissões, Adoração, catequese e Santa Missa à meia noite na Igreja do Seixal, com que iniciamos os Cinco primeiros Sábados e Consagração a Nossa Senhora. 

Vinde Adoremos o Senhor Jesus por Maria! 

Unidos em oração na comunhão se todos os santos, pe.marco.



"Halloween,exaltação do horror, do macabro e do demoníaco"
Pe. Francesco Bamonte, presidente da Associação Internacional de Exorcistas ( tradução do italiano,Pe. Marco Luís)
"No presente mês de Outubro no qual nos encontramos, desde há algumas décadas tornou-se um tempo de frenética preparação da noite de 31 de Outubro e 1 de Novembro, que para muitos não é mais a noite de todos os santos, mas tornou-se a noite de Halloween. Esta prática é uma moda, infelizmente também habitual na nossa cultura cristã, sobretudo através da instrumentalização pela internet, jornais e de todos os mass media, que tendem a divulgá-la. As montras das pastelarias são enfeitadas à maneira do Halloween, os negócios dos jogadores, as revistas para a juventude, os sítios da internet chamam continuamente a atenção da sociedade para o Halloween; até mesmo as escolas são enfeitadas com fantasmas, cabeças de abóboras e máscaras monstruosas que constituem uma verdadeira exaltação do macabro. Tendo em conta essa noite produzem-se roupas de bruxas, fantasmas, demónios, dráculas, esqueletos, monstros sanguinários e naquela noite organizam-se também manifestações voluntariamente e gravemente ofensivas no âmbito da nossa fé cristã. Como por exemplo o que sucedeu numa grande discoteca em Roma, onde na noite de Halloween foi exibido um boneco que representa o sacerdote, preso pelos pés, com a cabeça para baixo.
Não é só o objectivo comercial latente desta festa mas é também e sobretudo objectivo de influenciar a opinião pública, em particular das crianças, dos adolescentes e jovens, a familiarizarem-se com a mentalidade oculta e mágica, estranha e hostil à cultura cristã ( com a desculpa tantas vezes de aprofundar o conhecimento da cultura celtica). Enquanto assistimos à tentativa recorrente de eliminar os crucifixos dos lugares públicos e por altura do Natal, também a proibição de colocação de presépios e de representar a mensagem espiritual de Natal nas escolas, sendo que nas mesmas escolas promove-se a festa de Halloween, que é a exaltação da realidade espiritual maléfica, isto é de todas aquelas formas que incarnam o mal, a morte, o medo, o macabro, o demoníaco. Na noite de Halloween além disso regista-se um incremento impressionante das práticas de ocultismo e de todos os rituais satânicos, sendo que aquela noite corresponde, segundo o calendário das bruxas, à vigília no campo satânico na qual se desenvolve o ritual de iniciação e de consagração a satanás no decurso de um processo próprio.
É assim o Halloween, na vez de promover os valores, as atitudes e comportamentos morais e espirituais que edificam a personalidade dos jovens e por consequência da sociedade de amanhã, propõe o que não constrói mas destrói, que não eleva mas embrutece a criatura humana, feita à imagem e semelhança de Deus, criada para conhecer, amar e servir a Deus.
São bem vindos na noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro as vigílias de oração em tantas igrejas, as festas cristãs alternativas com a participação de grupos e cantores de música cristã contemporânea, as procissões do santos e as reproduções teatrais da vida dos santos , o convívio para os jovens e as suas famílias na igrejas, com jogos inspirados na sã tradição e jantar para todos, que assim se vão defendendo, substituindo a aberrante exaltação e celebração do horrível proposto no Halloween."

domingo, 26 de outubro de 2014

Horário Solenidade Todos os Santos e comemoração de Todos os Fiéis Defundos

 Solenidade de Todos os Santos
1 de novembro
 

"Deus eterno e omnipotente, que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade os méritos de Todos os Santos, dignai-Vos derramar sobre nós, em atenção a tão numerosos intercessores, a desejada abundância da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor"


  • 19.00 (dia 31/10)       - Missa Vespertina Todos os Santos

  • 00.00, 10.00 e 12.00  - Missa

 

Dia de Fiéis Defuntos
2 de novembro
 

"Senhor ouvi propício as nossas orações, para que ao confessarmos a fé na  ressurreição de vosso Filho, se confirme em nós a feliz esperança de ressuscitarmos um dia para vida gloriosa, juntamente com todos os nossos irmãos defuntos. Por nosso Senhor"


  • 18.00 (dia 01/10)        - Missa Vespertina Fiéis Defuntos 

  • 10.00 e 12.00              - Missa

  • 16.15                          - Terço no Cemitério
  • 17.00                         - Missa no Cemitério
    


domingo, 19 de outubro de 2014

Mensagem final do Sínodo é publicada

2014-10-18 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) – Os Padres Sinodais aprovaram, no decorrer da 14ª Congregação Geral na manhã deste sábado, a mensagem final da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”. O documento conclusivo do Sínodo - Relatio Synodi - será divulgado posteriormente enquanto o documento final será provavelmente publicado na forma de uma Exortação Apostólica pós-sinodal do Papa Francisco, em 2015, após o Sínodo Ordinário.

Abaixo, a íntegra da mensagem:

Nós, Padres Sinodais reunidos em Roma junto ao Santo Padre na Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, nos dirigimos a todas as famílias dos diversos continentes e, em particular, àquelas que seguem Cristo Caminho, Verdade e Vida. Manifestamos a nossa admiração e gratidão pelo testemunho cotidiano que vocês oferecem a nós e ao mundo com a sua fidelidade, fé, esperança e amor.

Também nós, pastores da Igreja, nascemos e crescemos em uma família com as mais diversas histórias e acontecimentos. Como sacerdotes e bispos, encontramos e vivemos ao lado de famílias que nos narraram em palavras e nos mostraram em atos uma longa série de esplendores mas também de cansaços.

A própria preparação desta assembleia sinodal, a partir das respostas ao questionário enviado às Igrejas do mundo inteiro, nos permitiu escutar a voz de tantas experiências familiares. O nosso diálogo nos dias do Sínodo nos enriqueceu reciprocamente, ajudando-nos a olhar toda a realidade viva e complexa em que as famílias vivem. A vocês, apresentamos as palavras de Cristo: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3,20). Como costumava fazer durante os seus percursos ao longo das estradas da Terra Santa, entrando nas casas dos povoados, Jesus continua a passar também hoje pelos caminhos das nossas cidades. Nas vossas casas se experimentam luzes e sombras, desafios exaltantes mas, às vezes, também provações dramáticas. A escuridão se faz ainda mais densa até se tornar trevas, quando se insinuam no coração da família o mal e o pecado.

Existe, antes de tudo, os grandes desafios da fidelidade no amor conjugal, do enfraquecimento da fé e dos valores, do individualismo, do empobrecimento das relações, do stress, de um alvoroço que ignora a reflexão, que também marcam a vida familiar. Se assiste, assim, a não poucas crises matrimoniais enfrentadas, frequentemente, em modo apressado e sem a coragem da paciência, da verificação, do perdão recíproco, da reconciliação e também do sacrifício. Os fracassos dão, assim, origem a novas relações, novos casais, novas uniões e novos matrimônios, criando situações familiares complexas e problemáticas para a escolha cristã.

Entre estes desafios queremos evocar também o cansaço da própria existência. Pensemos ao sofrimento que pode aparecer em um filho portador de deficiência, em uma doença grave, na degeneração neurológica da velhice, na morte de uma pessoa querida. É admirável a fidelidade generosa de muitas famílias que vivem estas provações com coragem, fé e amor, considerando-as não como alguma coisa que é arrancada ou infligida, mas como alguma coisa que é doada a eles e que eles doam, vendo Cristo sofredor naquelas carnes doentes.

Pensemos às dificuldades econômicas causadas por sistemas perversos, pelo “fetichismo do dinheiro e na ditadura de uma economia sem rosto e sem um objetivo verdadeiramente humano” (Evangelii Gaudium 55), que humilha a dignidade das pessoas. Pensemos ao pai ou à mãe desempregados, impotentes diante das necessidades também primárias de suas famílias, e aos jovens que se encontram diante de dias vazios e sem expectativas, e que podem tornar-se presa dos desvios na droga e na criminalidade.

Pensemos também na multidão das famílias pobres, àquelas que se agarram em um barco para atingir uma meta de sobrevivência, às famílias refugiadas que sem esperança migram nos desertos, àquelas perseguidas simplesmente pela sua fé e pelos seus valores espirituais e humanos, àquelas atingidas pela brutalidade das guerras e das opressões. Pensemos também às mulheres que sofrem violência e são submetidas à exploração, ao tráfico de pessoas, às crianças e jovens vítimas de abusos até mesmo por parte daqueles que deveriam protegê-las e fazê-las crescer na confiança e aos membros de tantas famílias humilhadas e em dificuldade. “A cultura do bem-estar anestesia-nos e (...) todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de forma alguma” (Evangelii Gaudium54). Fazemos apelo aos governos e às organizações internacionais para promoverem os direitos da família para o bem comum.

Cristo quis que a sua Igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta na acolhida, sem excluir ninguém. Somos, por isso, agradecidos aos pastores, fiéis e comunidades prontos a acompanhar e a assumir as dilacerações interiores e sociais dos casais e das famílias.

Existe, contudo, também a luz que de noite resplandece atrás das janelas nas casas das cidades, nas modestas residências de periferia ou nos povoados e até mesmos nas cabanas: ela brilha e aquece os corpos e almas. Esta luz, na vida nupcial dos cônjuges, se acende com o encontro: é um dom, uma graça que se expressa – como diz o Livro do Gênesis (2,18) – quando os dois vultos estão um diante o outro, em uma “ajuda correspondente”, isto é, igual e recíproca. O amor do homem e da mulher nos ensina que cada um dos dois tem necessidade do outro para ser si mesmo, mesmo permanecendo diferente ao outro na sua identidade, que se abre e se revela no dom mútuo. É isto que manifesta em modo sugestivo a mulher do Cântico dos Cânticos: “O meu amado é para mim e eu sou sua...eu sou do meu amado e meu amado é meu”, (Cnt 2,16; 6,3).

Para que este encontro seja autêntico, o itinerário inicia com o noivado, tempo de espera e de preparação. Realiza-se em plenitude no Sacramento onde Deus coloca o seu selo, a sua presença e a sua graça. Este caminho conhece também a sexualidade, a ternura, e a beleza, que perduram também além do vigor e do frescor juvenil. O amor tende pela sua natureza ser para sempre, até dar a vida pela pessoa que se ama (cf. João 15,13). Nesta luz, o amor conjugal único e indissolúvel persiste, apesar das tantas dificuldades do limite humano; é um dos milagres mais belos, embora seja também o mais comum.

Este amor se difunde por meio da fecundidade e do ‘gerativismo’, que não é somente procriação, mas também dom da vida divina no Batismo, educação e catequese dos filhos. É também capacidade de oferecer vida, afeto, valores, uma experiência possível também a quem não pode gerar. As famílias que vivem esta aventura luminosa tornam-se um testemunho para todos, em particular para os jovens.

Durante este caminho, que às vezes é um percurso instável, com cansaços e caídas, se tem sempre a presença e o acompanhamento de Deus. A família de Deus experimenta isto no afeto e no diálogo entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs. Depois vive isto ao escutar juntos a Palavra de Deus e na oração comum, um pequeno oásis do espírito a ser criado em qualquer momento a cada dia. Existem, portanto, o empenho cotidiano na educação à fé e à vida boa e bonita do Evangelho, à santidade. Esta tarefa é, frequentemente, partilhada e exercida com grande afeto e dedicação também pelos avôs e avós. Assim, a família se apresenta como autêntica Igreja doméstica, que se alarga à família das famílias que é a comunidade eclesial. Os cônjuges cristãos são, após, chamados a tornarem-se mestres na fé e no amor também para os jovens casais.

O vértice que reúne e sintetiza todos os elos da comunhão com Deus e com o próximo é a Eucaristia dominical quando, com toda a Igreja, a família se senta à mesa com o Senhor. Ele se doa a todos nós, peregrinos na história em direção à meta do encontro último quando “Cristo será tudo em todos” (Col 3,11). Por isto, na primeira etapa do nosso caminho sinodal, refletimos sobre o acompanhamento pastoral e sobre o acesso aos sacramentos pelos divorciados recasados.

Nós, Padres Sinodais, vos pedimos para caminhar conosco em direção ao próximo Sínodo. Em vocês se confirma a presença da família de Jesus, Maria e José na sua modesta casa. Também nós, unindo-nos à Família de Nazaré, elevamos ao Pai de todos a nossa invocação pelas famílias da terra:

Senhor, doa a todas as famílias a presença de esposos fortes e sábios,
que sejam vertente de uma família livre e unida.

Senhor, doa aos pais a possibilidade de ter uma casa onde viver em paz com a família.

Senhor, doa aos filhos a possibilidade de serem signo de confiança e aos jovens a coragem do compromisso estável e fiel.

Senhor, doa a todos a possibilidade de ganhar o pão com as suas próprias mãos, de provar a serenidade do espírito e de manter viva a chama da fé mesmo na escuridão.

Senhor, doa a todos a possibilidade de ver florescer uma Igreja sempre mais fiel e credível, uma cidade justa e humana, um mundo que ame a verdade, a justiça e a misericórdia.

O Cardeal Raymundo Damasceno de Assis, um dos relatores-presidente do Sínodo, comentou a redação da mensagem final durante uma coletiva de imprensa no final da manhã deste sábado, na Sala de Imprensa da Santa Sé.