sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Deus Nosso Senhor, concedeu à nossa Paróquia mais uma graça...



"Toda a nossa glória está na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo."


Caros Paroquianos,



Deus, Nosso Senhor, concedeu à nossa Paróquia mais uma graça.


Depois de alguma procura, conseguimos mais uma preciosa Relíquia, que se vem juntar às de S. João Bosco, Sta. Beatriz da Silva e Sta. Teresa do Menino Jesus. No entanto, esta é sem dúvida a mais preciosa. Trata-se da Relíquia do Santo Lenho, isto é, um pequeno fragmento da verdadeira Cruz, onde o nosso Redentor ofereceu a sua vida pela nossa Salvação, no alto do Calvário! Nem todas as paróquias têm essa honra e graça, só as mais antigas e históricas, mas também a nós foi concedido por Deus termos entre nós um pedaço da Árvore da Vida, a Cruz, que será fonte de muitas bênçãos para nós.


É uma graça a preciosa Relíquia do Santo Lenho chegar neste ano jubilar da Misericórdia, pois é da Cruz do Senhor que nos chega toda a Misericórdia. É da Cruz que vem a nossa paz.

O Santo Lenho será entronizado na nossa Paróquia, no IV Domingo da Quaresma, dia 6 de Março, na Missa das 12h. Na tradição litúrgica, este Domingo também é denominado como Domingo da alegria. Por isso, é o dia ideal para a entronização, pois foi pela Cruz que veio a alegria ao universo inteiro.

Caros Paroquianos, na vida de Cristo, a Cruz foi o caminho escolhido pela Santíssima Trindade para chegar ao triunfo da Ressurreição, que é a verdadeira meta da Redenção. A Cruz levou Cristo ao cume do Amor. O mistério da Cruz é mistério pascal, de passagem: passagem da morte para a Vida, do pecado para a graça, da tristeza para a alegria que ninguém nos poderá tirar. Esta Relíquia sairá solenemente pelas ruas do Seixal, no Domingo de Ramos, a presidir à procissão do Encontro entre o Senhor dos Passos e a sua Mãe, a Senhora das Dores, que se manteve firme de pé junto à Santa Cruz!

Que ela nos ajude a agradecer a graça que nos é concedida.

O vosso Prior,


Pe. Tiago Ribeiro Pinto




"Carinhoterapia". O filme da viagem do Papa ao México

Foram seis dias de viagem que resumimos em seis minutos: Francisco visitou a Basílica de Guadalupe, emocionou-se num hospital pediátrico, rezou com as comunidades indígenas de Chiapas, falou para os jovens e para as famílias, entrou naquela que já foi uma das prisões mais perigosas do país. Para todos deixou uma mensagem de esperança, praticando aquela que considera ser a receita para os doentes: a "carinhoterapia".
 
 
 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

México: Papa conclui viagem em que deu voz a quem rejeita violência, narcotráfico e exclusão (síntese)

(Lusa)
(Lusa)

Agência Ecclesia

 
           Francisco deixou mensagem de esperança a jovens, indígenas e migrantes, com valorização do papel da Igreja na mudança


Ciudad Juárez, México, 17 fev 2016 (Ecclesia) – O Papa concluiu hoje no norte do México a viagem que tinha iniciado na noite de sexta-feira, deixando atrás de si várias mensagens contra a violência, o tráfico de drogas e o crime, por um futuro diferente.

“Nalguns momentos senti vontade de chorar, ao ver tanta esperança num povo tão sofrido”, disse no final da Missa a que presidiu em Ciudad Juárez, junto à fronteira com os EUA, último compromisso da visita, agradecendo a todos os que estiveram envolvidos na organização do evento.

Depois do histórico encontro com o patriarca ortodoxo de Moscovo, Cirilo, numa breve escala em Cuba, Francisco chegou ao México para alertar, logo no seu primeiro discurso, contra a corrupção, a pobreza ou o narcotráfico.

Um esforço no qual quis comprometer a Igreja Católica, pedindo-lhe coragem e recordando que os bispos não devem ser “príncipes”.

Já no Santuário de Guadalupe, o Papa cumpriu o ‘sonho’ de rezar a sós e em silêncio diante da imagem da padroeira da América Latina, depois de ter deixado uma mensagem de esperança a todos os que sofrem.

O percurso desta primeira visita de Francisco ao México levou-o a um dos subúrbios mais violentos da capital, Ecatepec, onde perante cerca de 400 mil pessoas exigiu respeito pela dignidade de cada pessoa e arremeteu contra os “traficantes” da morte, desejando que “não haja necessidade de emigrar para sonhar”.

Um dos momentos mais emocionantes da viagem decorreu no regresso à Cidade do México, durante a passagem por um hospital pediátrico, onde o Papa abraçou crianças em tratamento oncológico, ouviu uma delas cantar e vacinou um menino para lançar uma campanha de vacinação contra a poliomielite.

Francisco rumou ao sul do país, ao Estado de Chiapas, para um momento de reconciliação com as comunidades indígenas, às quais pediu “perdão”, elogiando as suas tradições e valores.
Ainda neste Estado decorreu o encontro com as famílias, junto das alertou para as consequências da solidão e da precariedade, com críticas às “colonizações ideológicas”.

A etapa seguinte seria Morelia, no coração geográfico do México, cidade-símbolo dos problemas do narcotráfico: Francisco denunciou esta realidade, rejeitando uma atitude de “resignação” por parte da Igreja, antes de um encontro festivo com os jovens, a quem pediu que resistam à tentação pelos caminhos do crime e da violência.

A viagem concluiu-se esta quarta-feira em Ciudad Juárez, extremo norte do país, num dia marcado por mensagens e gestos contra a violência e em defesa dos migrantes, da visita a uma prisão, em que criticou a falta de uma verdadeira cultura de “reabilitação” dos presos, à Missa junto à fronteira com os EUA, para recordar a “tragédia” das migrações forçadas e o tráfico de pessoas.

Esta foi a 12ª viagem internacional no atual pontificado, acompanhada por milhões de pessoas ao longo das estradas e nas várias celebrações presididas pelo Papa, que percorreu mais de 24 mil quilómetros, o equivalente a mais de meia volta ao mundo, em 12 ligações aéreas, de avião e helicóptero.

A chegada a Roma está prevista para ao início da tarde de quinta-feira.

OC

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O Video do Papa 2 - Respeito pela criação - Fevereiro 2016


Para que cuidemos da criação, recebida como dom gratuito, a cultivar e proteger para as gerações futuras.

Papa Francisco - Fevereiro 2016

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2016

«“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13).
As obras de misericórdia no caminho jubilar»

1. Maria, ícone duma Igreja que evangeliza porque evangelizada

Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.

Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.

2. A aliança de Deus com os homens: uma história de misericórdia

O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo.

Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada (cf. Misericordiӕ Vultus, 8). Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é, para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da aliança de Deus com Israel: «Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). O Filho de Deus é o Esposo que tudo faz para ganhar o amor da sua Esposa, à qual O liga o seu amor incondicional que se torna visível nas núpcias eternas com ela.

Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que «sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese» (Ibid., 164). Então a Misericórdia «exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar» (Misericordiӕ Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d'Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa.

3. As obras de misericórdia.

A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em actos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo. Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» (Ibid., 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Ibid., 15). É o mistério inaudito e escandaloso do prolongamento na história do sofrimento do Cordeiro Inocente, sarça ardente de amor gratuito na presença da qual podemos apenas, como Moisés, tirar as sandálias (cf. Ex 3, 5); e mais ainda, quando o pobre é o irmão ou a irmã em Cristo que sofre por causa da sua fé.

Diante deste amor forte como a morte (cf. Ct 8, 6), fica patente como o pobre mais miserável seja aquele que não aceita reconhecer-se como tal. Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E isto porque é escravo do pecado, que o leva a utilizar riqueza e poder, não para servir a Deus e aos outros, mas para sufocar em si mesmo a consciência profunda de ser, ele também, nada mais que um pobre mendigo. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. Chega ao ponto de não querer ver sequer o pobre Lázaro que mendiga à porta da sua casa (cf. Lc 16, 20-21), sendo este figura de Cristo que, nos pobres, mendiga a nossa conversão. Lázaro é a possibilidade de conversão que Deus nos oferece e talvez não vejamos. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência, no qual ressoa sinistramente aquele demoníaco «sereis como Deus» (Gn 3, 5) que é a raiz de qualquer pecado. Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem actualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los.

Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais directamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas. Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por esta estrada, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles. Somente neste amor temos a resposta àquela sede de felicidade e amor infinitos que o homem se ilude de poder colmar mediante os ídolos do saber, do poder e do possuir. Mas permanece sempre o perigo de que os soberbos, os ricos e os poderosos – por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, que, no pobre, continua a bater à porta do seu coração – acabem por se condenar precipitando-se eles mesmos naquele abismo eterno de solidão que é o inferno. Por isso, eis que ressoam de novo para eles, como para todos nós, as palavras veementes de Abraão: «Têm Moisés e o Profetas; que os oiçam!» (Lc 16, 29). Esta escuta activa preparar-nos-á da melhor maneira para festejar a vitória definitiva sobre o pecado e a morte conquistada pelo Esposo já ressuscitado, que deseja purificar a sua prometida Esposa, na expectativa da sua vinda.

Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).

Vaticano, 4 de Outubro de 2015
Festa de S. Francisco de Assis

Francisco