domingo, 28 de setembro de 2014

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

28/09 - Adoração Eucarística das 15h às 19h

No próximo Domingo 28 Setembro decorre uma


Jornada Mundial de Adoração Eucarística de intercessão pelo Sínodo da família, 


na Igreja do Seixal teremos  das  15h as 19h,  Adoração por essa intenção.




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Viagem do Papa Francisco à Albânia

Testemunho e fraternidade


2014-09-22 L’Osservatore Romano

O testemunho e a fraternidade são as duas chaves que permitem compreender o significado da viagem de Francisco à Albânia, tanto breve – só doze horas – quanto importante e exemplar. Importante para o país, que do Pontífice recebeu um forte apoio, e exemplar pelo sinal que o Papa quis lançar à Europa e a toda a comunidade internacional.
No fervoroso discurso de boas-vindas o presidente Bujar Nishani, apresentando os seus concidadãos como o povo de madre Teresa, comparou o acolhimento afectuoso e sóbrio ao Pontífice com as últimas palavras dos mártires católicos vítimas do comunismo – viva a Albânia, viva o Papa! – e recordou com gratidão que na «estação da grande solidão» foi importante o apoio dado pela Santa Sé ao país.
Hoje, nas pegadas da viagem de João Paulo II depois do fim do regime ateu, o apoio do bispo de Roma à Albânia manifestou-se novamente. Com um alcance mundial e um afecto evidente pelo povo albanês: no «respeito e admiração pelo seu testemunho e fraternidade para levar o país em frente», como Francisco quis escrever de próprio punho imediatamente no início da visita.
Durante dois meses o Papa preparou-se para esta viagem europeia, angustiado diante do «nível de crueldade» que definiu terrível e que enfureceu não só contra católicos mas também ortodoxos e muçulmanos. «As três componentes religiosas deram testemunho de Deus e agora oferecem testemunho da fraternidade» resumiu Francisco diante dos jornalistas no voo de regresso.
Desta terra de mártires ergueram-se mais uma vez as fortes palavras do bispo de Roma: «Ninguém pense que pode usar Deus como escudo enquanto projecta e pratica actos de violência e de vexação!» advertiu no discurso às autoridades e ao corpo diplomático. «A religião autêntica é fonte de paz e não de violência» disse depois no encontro com os representantes das diversas comunidades religiosas no país, e repetiu: «Matar em nome de Deus é um grande sacrilégio!».
O testemunho de fraternidade, que provém do povo da Albânia e da sua história heróica de resistência ao mal, é preciosa «neste nosso tempo no qual, por parte de grupos extremistas, é desviado o autêntico sentido religioso e deturpadas e instrumentalizadas as diferenças entre as diversas confissões, fazendo delas um perigoso factor de conflito e violência» disse com clareza o Papa.
E ao lado das palavras, inequívocas, da viagem à Albânia permanecerão a comoção e as lágrimas do Pontífice face à narração simples e comovedora de dois sobreviventes à atroz perseguição comunista: um sacerdote de oitenta e quatro anos, pe. Ernest Simoni, e uma religiosa estigmatina de oitenta e cinco anos, irmã Marije Kaleta, que sobreviveram a décadas de prisão e de trabalhos forçados. Hoje «abraçamos os mártires» comentou profundamente comovido o Papa, acrescentando que, consolados por Deus na perseguição, foram eles que nos consolaram.