quarta-feira, 26 de novembro de 2014

30/11 - 15:30 - Filme "TERESA DE JESUS"

Dia 30 de Novembro
( Dia do inicio do Ano da Vida Consagrada) 
das 15.30 as 19.30 na Igreja do Seixal
sessão de cinema
 "Teresa de Jesus"
 no âmbito da celebração dos 500 anos do seu nascimento 
e da
 apresentação da Peregrinação Paroquial a Ávila, Alba de Tormes e Salamanca.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Papa propõe harmonia e diálogo para superar crises europeias

2014-11-25 Rádio Vaticana
 

Estrasburgo (RV) – A visita ao Conselho da Europa foi a segunda e última etapa da viagem de Francisco a Estrasburgo, na França.
 
Trata-se da mais antiga organização intergovernamental europeia, que reúne o maior número de países europeus: 47 Estados-membros, com uma população de 800 milhões de pessoas. O Conselho foi instituído em 1949, com a finalidade de promover a democracia, os direitos humanos, o estado de direito e a busca de soluções comuns aos desafios do continente. É um órgão independente da União Europeia.
 
A paz foi o primeiro tema do discurso do Santo Padre – paz que estava na intenção dos fundadores do Conselho da Europa, 65 anos atrás. Para evitar o que aconteceu nas duas guerras mundiais do século passado, indicou o Papa, o caminho privilegiado é reconhecer no outro não um inimigo a combater, mas um irmão a acolher.
 
Trata-se de um processo contínuo, que não se pode jamais dar como plenamente alcançado. Para construí-la, o Papa citou o Beato Paulo VI, quando falava de um caminho constante de humanização, pelo que «não basta conter a guerra, suspender as lutas, (...) não basta uma paz imposta, p utilitária e provisória. É necessário tender para uma paz amada, livre e fraterna.
 
Infelizmente, notou Francisco, a paz é ferida ainda muitas vezes, inclusive na Europa, onde não cessam as tensões. “Quanto sofrimento e quantos mortos há ainda neste Continente, que volta facilmente a cair nas tentações de outrora!”, lamentou.
 
A paz é posta à prova por inúmeras formas de conflito, como o terrorismo religioso e internacional, alimentado pelo tráfico de armas. A paz é violada também pelo tráfico de seres humanos, “a nova escravatura do nosso tempo que transforma as pessoas em mercadoria de troca, privando as vítimas de toda a dignidade”.
 
Francisco advertiu os europeus para as insídias que ameaçam a unidade, como a globalização da indiferença, quando o conceito de direito humano é substituído pela ideia de direito individualista. “O individualismo torna-nos humanamente pobres e culturalmente estéreis”, alertou. Do individualismo indiferente nasce o culto da opulência, a que corresponde a cultura do descarte onde estamos imersos.
Para o Papa, temos hoje diante dos olhos a imagem duma Europa ferida pelas inúmeras provações do passado, mas também pelas crises do presente: o acolhimento aos imigrantes, o desemprego, sobretudo juvenil, e os inúmeros pobres que vivem no continente. Crises que fazem com que seus cidadãos se sintam cansados e pessimistas, assediados pelas novidades provenientes de fora.
 
A Europa deve refletir se o seu imenso patrimônio humano, artístico, técnico, social, político, econômico e religioso é um simples legado de museu do passado, ou se ainda é capaz de inspirar a cultura e descerrar os seus tesouros à humanidade inteira. Na resposta a esta questão, tem um papel de primária importância o Conselho da Europa, com as suas instituições”, declarou.
 
Para superar este momento, Francisco propõe o desafio da multipolaridade e o da transversalidade. Isto é, o desafio de uma harmonia construtiva e o do diálogo entre as gerações, as culturas e as religiões.
 
Espero vivamente que se instaure uma nova cooperação social e econômica, livre de condicionalismos ideológicos, que saiba encarar o mundo globalizado, mantendo vivo o sentimento de solidariedade e caridade mútua que tanto caracterizou o rosto da Europa.”
 
O Papa garantiu a colaboração da Santa Sé com o Conselho da Europa, para realizar juntos uma reflexão que estabeleça uma espécie de “nova ágora”, na qual cada instância civil e religiosa possa livremente confrontar-se com as outras, animada exclusivamente pelo desejo de verdade e de construir o bem comum, no respeito do meio ambiente.
 
Após seu discurso, o Pontífice saudou o Secretário-Geral do Conselho, o norueguês Thorbjørn Jagland, e algumas personalidades e se dirigiu ao aeroporto internacional de Estrasburgo, rumo ao Vaticano.
(BF)
 
 

Papa faz diagnóstico: Uma "Europa avó" presa no "tecnicismo burocrático"

 
Francisco deixa uma espécie de texto de estudo a todos os europeus e eurodeputados, onde aborda os principais problemas que a Europa enfrenta e alerta para a "cultura do descartável" e do "consumismo exacerbado".
 

25-11-2014 11:32 por Carla Caixinha


        
O "pastor" Francisco dirigiu-se a todos os cidadãos europeus para deixar uma "mensagem de esperança e encorajamento". Mas no seu discurso, no Parlamento Europeu, o Papa além de traçar um retrato de uma Europa "envelhecida e engelhada", deixou vários recados sobre a importância da família, da educação, das políticas de trabalho e da protecção da dignidade humana.

No primeiro discurso que fez na cidade francesa deixa uma espécie de texto de estudo a todos os europeus e eurodeputados, onde aborda os principais problemas. "Uma Europa avó que já não é fecunda nem vivaz. Daí que os grandes ideais que inspiraram a Europa pareçam ter perdido a sua força de atracção, em favor do tecnicismo burocrático das suas instituições".

O Papa pediu à Europa que recupere raízes religiosas e defenda a liberdade de culto. "Queridos eurodeputados, chegou a hora de construir juntos a Europa que gira não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".

Desafiou os representantes dos 28 Estados-membros, com mais de 500 milhões de habitantes, a deixar de parte a ideia de uma "Europa temerosa e fechada sobre si mesma" para promover a "Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé".

O drama da solidão e da cultura do descartável
No seu diagnóstico de "doenças" alerta para o drama da solidão. "Vêmo-la particularmente nos idosos, muitas vezes abandonados à sua sorte, bem como nos jovens privados de pontos de referência e de oportunidades para o futuro; vêmo-la nos numerosos pobres que povoam as nossas cidades; vêmo-la no olhar perdido dos imigrantes que vieram para cá à procura de um futuro melhor".

"Uma tal solidão foi, depois, agravada pela crise económica", sublinha.

A isto juntam-se estilos de vida egoístas, "caracterizados por uma opulência actualmente insustentável e muitas vezes indiferente ao mundo circundante, sobretudo dos mais pobres", disse, arrancado uma salva de palmas dos eurodeputados. O resultado é a "cultura do descartável" e do "consumismo exacerbado", alerta o Papa, pedindo aos eurodeputados para cuidarem da fragilidade dos povos.

"No centro do debate político, constata-se lamentavelmente a preponderância das questões técnicas e económicas em detrimento de uma autêntica orientação antropológica", advertiu.

Neste contexto, condenou o recurso à eutanásia e ao aborto, como frutos de uma visão que reduz o ser humano "a mera engrenagem dum mecanismo que o trata como se fosse um bem de consumo a ser utilizado, mas quando deixa de ser funcional é descartado, como no caso dos doentes terminais, dos idosos abandonados e sem cuidados, ou das crianças mortas antes de nascer".

Liberdade religiosa e a dignidade humanaNa sua intervenção recordou as numerosas injustiças e perseguições que atingem diariamente as minorias religiosas, especialmente cristãs, em várias partes do mundo. "Comunidades e pessoas estão a ser objecto de bárbaras violências: expulsas das suas casas e pátrias; vendidas como escravas; mortas, decapitadas, crucificadas e queimadas vivas, sob o silêncio vergonhoso e cúmplice de muitos", denunciou.

Segundo Francisco, promover a dignidade da pessoa significa reconhecer que ela possui "direitos inalienáveis" de que não pode ser privada por ninguém, "muito menos para benefício de interesses económicos". Defendeu ser necessária uma abertura ao transcendente para "afirmar a centralidade da pessoa humana", pois, caso contrário, esta "fica à mercê das modas e dos poderes do momento".

"Considero fundamental não apenas o património que o Cristianismo deixou no passado para a formação sociocultural do Continente, mas também e sobretudo a contribuição que pretende dar hoje e no futuro para o seu crescimento", observou.

Para o Papa argentino a Europa deve ser uma família de povos, onde as peculiaridades de cada um constituem uma autêntica riqueza. "Manter viva a realidade das democracias é um desafio deste momento histórico, evitando que a sua força real – força política expressiva dos povos – seja removida face à pressão de interesses multinacionais não universais, que as enfraquecem e transformam em sistemas uniformizadores de poder financeiro ao serviço de impérios desconhecidos. Este é um desafio que hoje vos coloca a história".

Papel da família e do trabalho
Família, trabalho e ecologia são outros dos temas abordados neste primeiro discurso. "A vós, legisladores, compete a tarefa de preservar e fazer crescer a identidade europeia, para que os cidadãos reencontrem confiança nas instituições da União e no projecto de paz e amizade que é o seu fundamento", lembrou.

O Papa destacou o papel central da "família unida, fecunda e indissolúvel" para a formação das novas gerações. "Sem uma tal solidez, acaba-se por construir sobre a areia, com graves consequências sociais. Aliás, sublinhar a importância da família não só ajuda a dar perspectivas e esperança às novas gerações, mas também a muitos idosos, frequentemente constrangidos a viver em condições de solidão e abandono, porque já não há o calor dum lar doméstico capaz de os acompanhar e apoiar".

Também sublinhou a importância da educação, que mais do que fornecer conhecimentos técnicos deve "favorecer o processo mais complexo do crescimento da pessoa humana na sua totalidade".

No campo do trabalho, realçou a relevância de "promover as políticas de emprego" e de "devolver dignidade ao trabalho", procurando "novas maneiras para combinar a flexibilidade do mercado com as necessidades de estabilidade e certeza das perspectivas de emprego". Para tal, é necessário promover um contexto social que "não vise explorar as pessoas, mas garantir, através do trabalho, a possibilidade de construir uma família e educar os filhos".

Neste discurso de 15 páginas recordou que a Europa sempre esteve na vanguarda do compromisso ecológico e da promoção de fontes alternativas de energia, "cujo desenvolvimento muito beneficiaria a defesa do meio ambiente".

Referindo-se ao sector agrícola, chamado a dar apoio ao homem, afirmou que "não se pode tolerar que milhões de pessoas no mundo morram de fome", enquanto toneladas de produtos alimentares são deitadas fora. "Além disso, respeitar a natureza lembra-nos que o próprio homem é parte fundamental dela".

A questão dos migrantes
Para Francisco, a Europa deve enfrentar em conjunto a questão migratória.

"Não se pode tolerar que o Mar Mediterrâneo se torne um grande cemitério! Nos barcos que chegam diariamente às costas europeias, há homens e mulheres que precisam de acolhimento e ajuda. A falta de um apoio mútuo no seio da União Europeia arrisca-se a incentivar soluções particularistas para o problema, que não têm em conta a dignidade humana dos migrantes, promovendo o trabalho servil e contínuas tensões sociais. É necessário agir sobre as causas e não apenas sobre os efeitos", advertiu.

A terminar, o Papa argentino disse aos eurodeputados que chegou a hora de construírem juntos uma "Europa que gira, não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana, dos valores inalienáveis; a Europa que abraça com coragem o seu passado e olha com confiança o seu futuro, para viver plenamente e com esperança o seu presente".

Arrancando novos aplausos dos eurodeputados, o Papa disse ser o momento de abandonar a ideia de uma "Europa temerosa e fechada sobre si mesma para suscitar e promover a Europa protagonista, portadora de ciência, de arte, de música, de valores humanos e também de fé. A Europa que contempla o céu e persegue ideais; a Europa que assiste, defende e tutela o homem".

O Papa está Estrasburgo para a viagem internacional mais curta dos pontificados modernos. Depois do Parlamento segue-se a visita ao Conselho da Europa, com novo discurso de Francisco, marcada para as 12h05, última paragem antes do regresso a Roma, pelas 13h50.

Francisco torna-se o segundo Papa a visitar o Parlamento e o Conselho da Europa desde as suas fundações, depois de João Paulo II, que fez essa viagem em 1988.

Discurso na integra
 

sábado, 15 de novembro de 2014

23/11 - 11.00 - Lançamento do livro A ALEGRIA DE VIVER A FÉ

CONVITE

Fundação AIS tem o prazer de convidar todos os seus benfeitores e amigos para as várias sessões de apresentação do livro A Alegria de Viver a Fé.

A apresentação deste livro será feita por Dr. Waldery Hilgeman, Postulador do Cardeal Van Thuân, e pela Dra. Luisa Melo, do Conselho Pontifício Justiça e Paz, antiga secretária do Servo de Deus Van Thuân, no enquadramento da Igreja e dos Cristãos perseguidos no Vietname. 

Alegria de Viver a Fé é o título que, o então presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, o Arcebispo François-Xavier Nguyên van Thuân, escolheu para a série de conversas aqui publicadas. Elas foram recolhidas por alguns jovens que tiveram o privilégio de a elas assistir. Trata-se de textos pronunciados em várias ocasiões, com o objectivo de educar na fé os seus tão amados compatriotas que se encontram em várias partes do mundo. São, antes de mais, reflexões sapienciais de um pastor que sente a responsabilidade de formar o seu povo Vietnamita, para o ajudar a viver numa comunidade melhor.

(vídeo em Inglês) 


LOCAIS DO LANÇAMENTO:

Dia 19 de Novembro | PORTO
> Igreja do Santíssimo Sacramento (à Boavista), pelas 18H00
   Rua Guerra Junqueiro, nº600 
  
  
Dia 20 de Novembro | COIMBRA
> Centro Universitário Justiça e Paz, Sala B, pelas 18H00
    Couraça de Lisboa, nº30

Dia 21 de Novembro | LISBOA
> Igreja do Sacramento, pelas 17H00
   Calçada do Sacramento, nº11

Dia 22 de Novembro | MONTIJO
> Paróquia do Espírito Santo (Salão Paroquial), pelas 18H00
   Praça da República

Dia 23 de Novembro | SEIXAL

> Igreja Nossa Senhora da Conceição, pelas 11H00

   Largo da Igreja


Contamos com a sua presença. Compareça!

sábado, 1 de novembro de 2014

07/11 - Formação e apresentação livro ESPOSOS E SANTOS, DEZ PERFIS DE SANTIDADE CONJUGAL

Da Introdução, Livro " Esposos e Santos, dez perfis de santidade conjugal", a apresentar no dia 7 de Novembro as 21.30 na Igreja do Seixal pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar e Editora Paulinas.
 
"O esforço comum de conquista da santidade que Maria Beltrame Quattrocchi descrevia como uma «formação do tecido maravilhoso que resulta do conjunto dos dois» torna sólida, indissolúvel, a «unidade dos dois». A atual crise do matrimónio não pode ser resolvida pelas efémeras teorias das breves «curas», propostas pelos psicoterapeutas os pelos sociólogos, mas deve ser superada pelos próprios esposos, graças à sua profunda ligação a Deus que é Eterno Amor e deseja acolher na sua casa os seres humanos que se amam. A partir do momento da celebração do sacramento do matrimónio – mais que nunca e mais que em qualquer outro lugar – o amor humano está indissoluvelmente ligado ao Amor de Deus. Não se pode amar cada vez mais o cônjuge sem amar casa vez mais a Deus e vice-versa. Os esposos cristãos não se contentam com a felicidade corporal, para eles é natural aspirar à felicidade eterna. O verdadeiro amor ao outro exprime-se no desejo comum de santidade, porque é ela que assegura que, no futuro, os dois estarão juntos por toda a eternidade.
 Quando a Beata Maria Beltrame Quattrocchi, durante uma doença, tinha o pressentimento da morte próxima, escrevia numa carta ao marido: «Sempre te apoiarei, te confortarei, te defenderei das insídias do inimigo. […] Eu mesma, da terra ou do céu te apresentarei a Deus como algo de meu e Ele te ajudará sempre não por mim, mas porque já tudo o [que é] meu é inteiramente, totalmente de Jesus».
Também  Maria Beltrame Quattrocchi desejou a continuação da comunhão matrimonial descrevendo-a como a continuação da comunhão matrimonial, descrevendo-a como a recomposição do tecido que se tinha rompido depois da morte do seu Luigi. A Igreja, ao beatificar dois esposos, traz à plena luz esta nova forma de unidade dos dois que continua na communio sanctorum.
O fio condutor das histórias dos santos esposos que apresentamos é um grande, forte e imutável amor recíproco não fechado numa satisfação sentimental de contentar-se com um feliz «hoje», mas sempre em tensão para o aperfeiçoamento, para um «amanhã» melhor, um amanhã que prossegue na eternidade."