domingo, 29 de junho de 2014

Apresentado o «Instrumentum laboris» da assembleia extraordinária do Sínodo dos bispos sobre a família




2014-06-26

O Evangelho da família; as situações familiares difíceis; a educação para a fé e a vida de todo o núcleo familiar. São estes os três âmbitos nos quais se desenvolve o Instrumentum laboris da assembleia extraordinária do Sínodo dos bispos sobre a família, que se reunirá de 5 a 19 de Outubro deste ano para reflectir sobre o tema «Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização». O conteúdo do documento foi apresentado esta manhã, quinta-feira 26 de Junho, na Sala de Imprensa da Santa Sé.
 
A primeira parte do texto trata o desígnio de Deus, o conhecimento bíblico e magisterial e a sua recepção, a lei natural e a vocação da pessoa em Cristo. O constatação do escasso conhecimento do ensinamento da Igreja exige dos agentes pastorais mais preparação e o compromisso a favorecer a sua compreensão por parte dos fiéis, que vivem em contextos culturais e sociais diversos.
 
A segunda parte, que enfrenta os desafios relacionados com a família, considera de modo particular as situações pastorais difíceis, que dizem respeito às convivências e às uniões e facto, aos separados, aos divorciados, aos divorciados recasados e aos seus eventuais filhos, às mães solteiras, a quantos se encontram em condições de irregularidade canónica e a quantos pedem o matrimónio sem serem crentes ou praticantes. No documento é frisada a urgência de permitir que as pessoas feridas se curem e se reconciliem, voltando a ter confiança e serenidade renovadas. Por conseguinte, é invocada uma pastoral capaz de oferecer a misericórdia que Deus concede a todos sem medidas. Trata-se portanto de «propor, não de impor; acompanhar e não constranger; convidar, não expulsar; inquietar, nunca desiludir».
 
A terceira parte apresenta antes de tudo as temáticas relativas à abertura à vida, como o conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões pastorais, a praxe sacramental e a promoção de uma mentalidade acolhedora.
 
Depois o documento denuncia o escasso conhecimento da Encíclica Humanae vitae. Na maioria das respostas são evidenciadas as dificuldades que se encontram sobre o tema dos afectos, da geração da vida, da reciprocidade entre o homem e a mulher, da paternidade e maternidade responsáveis. No respeitante à responsabilidade educativa dos pais, o documento frisa a dificuldade de transmitir a fé aos filhos e de lhes dar uma educação cristã sobretudo em situações familiares difíceis, cujos reflexos sobre os filhos se alargam também à esfera da fé.
 
Agora o documento será objecto de estudo e de avaliação por parte das conferências episcopais e confrontado com as diversas realidades locais a fim de evidenciar os pontos focais sobre os quais adiantar propostas pastorais a serem debatidas e aprofundadas durante os trabalhos da assembleia extraordinária e depois na ordinária que terá lugar de 4 a 25 de Outubro de 2015cujo tema será «Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família».

O texto integral do Instrumentum laboris 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

26 junho 21h - Cardeal Van Thuan apresentado na Igreja do Seixal, resistente ao comunismo,preso 13 anos.

 No próximo dia 26 de Junho pelas 21h no Seixal apresentação de pequeno livro de Cardeal Van Thuan, com prefacio a edição portuguesa de D. Manuel Martins.
Esta iniciativa enquadra-se no âmbito da promoção da causa de beatificação deste grande homem que viveu 13 anos preso pelo regime comunista no Vietname. O Papa Joao Paulo II escolheu-o para Presidente Conselho Pontifício Justica e Paz, e pregador do retiro do ano jubilar na cúria romana. Serão distribuídas pagelas de oração a pedir a beatificação de Van Thuan. 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

FESTAS SÃO PEDRO 2014



Entrevista ao Papa Francisco pelo diário espanhol «La Vanguardia»/ SIC-A grande revolução é ir às raízes



«Descartamos uma geração inteira para manter um sistema económico que já não se sustém», disse o Papa respondendo às perguntas de Henrique Cymerman, numa entrevista publicada no diário de Barcelona «La Vanguardia» a 13 de Junho e traduzida pelo nosso jornal. A verdadeira revolução, acrescentou o Papa, é ir às raízes, «reconhecê-las e ver o que elas têm para dizer hoje. Não há contradição entre ser revolucionário e ir às raízes. O modo para realizar mudanças é a identidade». Quanto à alergia ao protocolo», disse o Pontífice, «não posso dizer às pessoas que gosto delas permanecendo fechado numa lata de sardinhas», mas nos encontros oficiais é necessário seguir regras, e em tais ocasiões não posso «brincar de Papa pároco, seria imaturo». A pobreza e a humildade, recordou, estão no centro do Evangelho e digo-o num sentido teológico, não sociológico. Não se pode entender o Evangelho sem a pobreza, mas é preciso distingui-la do pauperismo. Não é concebível que os cristãos vivam divididos, «um pecado histórico que devemos reparar». Entre as preocupações do sucessor de Pedro está também a lenda negra que atinge a Igreja e em particular a figura de Pio XII. Às vezes, disse, «tenho um pouco de urticária existencial quando vejo que todos atacam a Igreja e Pio XII», esquecendo as omissões das grandes potências. Uma pessoa que, podendo agir, não se compromete na política pelo bem comum, é egoísta. Grande segredo, ao contrário, sobre a torcida neste Campeonato mundial de futebol: «Os brasileiros – comentou Bergoglio não respondendo explicitamente – pediram-me neutralidade; mantenho a palavra, porque o Brasil e a Argentina sempre foram rivais».

Click na imagem,  para ver, na integra, a entrevista do Papa Francisco

http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2014-06-13-a-entrevista-do-papa-francisco-na-integra
 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

13 de junho - Formação para casais


13 junho - 21.30

"A nova evangelização a partir do sacramento do matrimónio"

Pe. Marco Luís
(Diretor do Secret. Diocesano da Pastoral Familiar)




Serviço de babysitting 
(Com Jesus as crianças e jovens caminham em família)

Francisco, Peres, Abbas e Bartolomeu – no Vaticano rezaram pela paz

 




Domingo, 8 de junho de 2014 - um momento histórico, uma imagem indelével: o encontro de oração no Vaticano com o Papa Francisco e os presidentes israelita e palestiniano, Shimon Peres e Mahmoud Abbas, na presença do Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I. As invocações foram proferidas em várias línguas, todas elas dirigidas para uma só prece: a paz na Terra Santa.
O local do encontro foi um cantinho relvado nos Jardins Vaticanos. O Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu e os dois Presidentes ficaram no centro enquanto as delegações, os cantores, os músicos e a imprensa ladearam este encontro memorável. Usaram da palavra os três principais protagonistas: o Papa Francisco e os presidentes Peres e Abbas. O Santo Padre afirmou que este é o momento de “derrubar os muros da inimizade e percorrer o caminho do diálogo e da paz” e considerou que este mundo “é uma herança” mas também “um empréstimo” aos nossos filhos:
“Senhores Presidentes, o mundo é uma herança que recebemos dos nossos antepassados, mas é também um empréstimo dos nossos filhos: filhos que estão cansados e desfalecidos pelos conflitos e desejosos de alcançar a aurora da paz; filhos que nos pedem para derrubar os muros da inimizade e percorrer o caminho do diálogo e da paz a fim de que o amor e a amizade triunfem.”
O Papa Francisco sublinhou ainda que para dizer sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades é preciso coragem:
“É preciso coragem para fazer a paz, muita mais do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo.”
Um sentido agradecimento foi dirigido ao Papa Francisco quer pelo presidente Peres quer pelo presidente Abbas por ter proposto no Vaticano este encontro. Ambos tomaram a palavra. Ouçamos primeiro Shimon Peres que se expressou em hebraico que afirmou que se deve pôr fim “à violência” e “ao conflito”:
“ Dois povos – israelitas e palestinianos – desejam ardentemente a paz. As lágrimas das mães sobre os seus filhos estão ainda marcadas nos nossos corações. Nós devemos pôr um fim aos gritos, à violência, ao conflito. Nós todos temos necessidade de paz. Paz entre iguais.”
A realização da verdade, da paz e da justiça foi a prece do presidente Mahmoud Abbas que falou em árabe:
“ Por isso pedimos-Te, Senhor, a paz na Terra Santa, Palestina e Jerusalém, juntos com o seu povo. Nós pedimos-Te de tornar a Palestina e Jerusalém, em particular, uma terra segura para todos os crentes, e um lugar de oração e de culto para os seguidores das três religiões monoteístas.”
Com as palavras dos dois presidentes, israelita e palestiniano, terminou este encontro que ficou marcado por um cordial abraço e pelo plantar de uma oliveira para a paz. (RS)