quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Homilia da Missa da Noite de Natal

Igreja do Seixal - 2014

Pe. Marco Luis



  Nesta Santa Noite de Natal queria convidar-vos a olharmos para Jesus com os olhos de São José. Contemplamo-lo junto à Virgem Maria em todas as horas e também nesta hora em que Maria dá à luz o nosso Salvador, o Filho do Altíssimo. O lugar de José no presépio é discreto e ao mesmo tempo tão privilegiado.

   São José recebeu Nossa Senhora como também nós queremos receba-La, amá-La, respeitá-La, para assim recebermos e amarmos verdadeiramente Jesus Cristo, nosso Salvador. S.José acolheu a Vontade de Deus, como também nós queremos cumprir prontamente a mesma Vontade de Deus como nos ensina a docilidade do santo patriarca. S. José confiou nos desígnios de Deus como também nós queremos aprender a confiar, a ter fé. S. José que guardava Jesus foi guardado e inspirado pelos Santos Anjos, como nós queremos deixar-nos conduzir pelos nossos anjos da guarda. No coração de José entoará para sempre o cântico do glória da noite de Natal com que os anjos cantavam glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados.

   S. José acolheu o Salvador nos seus braços e nos braços de Jesus Cristo expirou no fim da vida alcançando a salvação eterna, também nós em cada Eucaristia recebemos Jesus que nos salva. S. José no meio de trabalhos e tribulações da vida tornou-se modelo de paciência e confiança na Providencia de Deus que sempre cuida de nós no meio das canseiras e perigos desta vida. S. José que com Maria e Jesus viveu refugiado no Egipto ensina-nos que Jesus é o nosso próprio refúgio na vida e nos faz rezar por todos os refugiados com que o nosso tempo é marcado e de forma especial nas noites frias de Natal. S. José venceu o ódio de quem procurava tirar a vida ao Menino com o seu muito amor pelo mesmo Menino Jesus, vencer o mal com o bem é igual caminho para cada um de nós. S. José é o homem do silêncio que lhe permite ver a Deus feito criança, também nós no santo recolhimento da oração somos capazes de ver a Deus onde outros não vêm porque o olhar do amor faz ver o invisível. Deus que assumiu um corpo humano teve em S. José o fiel guarda e por isso o Justo José permanece o guarda do Corpo de Cristo que é a Santa Igreja. S. José é modelo de virtudes na esponsalidade e paternidade, Maria e José permanecem modelo para todas as famílias. 

  A Sagrada Família recorda -nos aquilo que cada Família é chamada a ser. Mas S. José permanece o mais discreto porque ele só se entende com Jesus no centro, ele é homem da verdade que gera a humildade que queremos imitar, de ter Jesus no centro das nossas vidas.

  Contemplar a José para viver com a sua fé: Ver Jesus com aqueles olhos clarividentes de fe, de tal modo que o que está oculto aos olhares cegos do mundo, José simplesmente aceita, acreditando com todas as consequências em Deus: “não temas, o Menino que vai nascer é Filho de Deus”. Homens e mulheres de fé são imprescindíveis para poder contemplar, como José, o indefeso e a todos os indefesos, para que assim cessem todas as formas de violência que tantos sofrimentos causam, e terminem as guerras, buscando soluções pacíficas e respeitosas da dignidade humana.

  Comecemos pelas nossas famílias, pela nossa comunidade, pelo nosso país, mas sem ficarmos fechados sobre nós mesmos saibamos ir mais longe, fazendo-nos intercessores junto de Deus nesta noite por aqueles que vivem a noite fria da solidão, a noite fria da guerra, a noite fria do campo de refugiados de Erbil no Norte do Iraque, a noite fria e longa da guerra entre irmãos na Palestina, a noite fria de tantos lares onde não se acolhe verdadeiramente este Menino que é Deus presente no meio de nós, o Príncipe da Paz. Com a nossa oração aquecemos todos esses corações no fogo do Amor Divino que esta noite revela e renova. Fazemo-lo com a ajuda de São José:" Não sei verdadeiramente como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo em que passou com o Menino Jesus, sem dar graças a São José, pelo auxílio que Lhes prestou", diz Santa Teresa de Jesus. É este mesmo auxílio que invocamos de São José para os nossos irmãos sem liberdade e sem paz esta noite, para celebrarem o Nascimento do Redentor. Estes nossos irmãos, em maior sofrimento, talvez segundo as palavras de Santa Teresa de Jesus se pareçam mais com o nosso " Rei que não teve casa a não ser o presépio de Belém onde nasceu e a Cruz onde morreu".

  Na mensagem que o Papa Francisco escreveu ontem aos cristãos do Médio Oriente, que sofrem a perseguição, o Papa pensa “especialmente” nas crianças, nas mães, nos idosos, nos deslocados e nos refugiados.
  
  “Este sofrimento brada a Deus e faz apelo ao compromisso de todos nós por meio da oração e de todo o tipo de iniciativa. Desejo exprimir a todos unidade e solidariedade, minha e da Igreja, e oferecer uma palavra de consolação e de esperança”.

  O Papa revelou também que espera ter “a graça de ir pessoalmente” visitar e confortar os cristãos do Médio Oriente.
   
  “Quis escrever-vos para vos encorajar e dizer como são preciosas a vossa presença e a vossa missão nessa terra abençoada pelo Senhor. O vosso testemunho faz-me muito bem”, explicou o Papa Francisco
  
 A celebração do Nascimento de Jesus é fortalecimento dos fiéis, no divino sacramento da Eucaristia Jesus fez-se nossa comida e nossa bebida, como rezamos na oração pós comunhão da Missa da Vigília de Natal. Nas orações pós-Comunhão da Missa da Noite, da Missa da Aurora e Missa do dia, acentua-se o pedido de que a alegria de celebrar o nascimento do Salvador corresponda à graça de viver uma vida santa, de conhecer o mistério de Deus com uma fé viva e caridade ardente, que na comunicação que Deus nos faz da Sua vida divina sejamos participantes  da sua imortalidade.

  Porque é que Deus se fez visível aos nossos olhos? A resposta está de forma clara no prefácio da Missa de Natal, " Pelo mistério do Verbo Encarnado nova luz brilhou sobre nós para, que contemplando a Deus visível aos nossos olhos, aprendamos a amar o que é invisível". E quem melhor que Maria e José para nos ajudarem a contemplar Jesus visível aos nossos olhos?!

  A terra exulta com a alegria do céu: que toda a criação exulte de alegria, com todos os anjos e Santos cantamos Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados: " Hoje nasceu o nosso Salvador, Jesus Cristo Senhor".


Jesus, Maria, José, nossa Família e Paróquia Vossa é!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Tempo de Natal

24 Dezembro
00.00 - Missa do Galo
 
25 Dezembro - Natal do Senhor
10.00 - Missa
12.00 - Missa

28 Dezembro - Dia da Sagrada Família
12.00 Missa - Bênção dos Casais
 
1 Janeiro - Santa Maria Mãe de Deus
19.00 - Missa Vespertina no dia 31/12 
10.00 - Missa
12.00 - Missa

4 Janeiro - Epifania do Senhor
10.00 - Missa com Bênção das crianças
12.00 - Missa com Bênção das crianças

11 Janeiro - Baptismo do Senhor
10.00 - Missa com Baptismos de crianças da catequese






terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Mensagem de Natal - D. Gilberto, Bispo de Setúbal

É Natal.
Alegremo-nos.
 
Alegremo-nos porque Jesus, nascido de Maria, vem santificar as pessoas, a famílias e fazer da humanidade uma grande família de muitas famílias.
 
Alegremo-nos pela família que nos gerou e educou para a liberdade e para o amor.
 
Alegremo-nos pela Diocese de Setúbal, família da fé e para a fé, que prepara a celebração dos seus primeiros quarenta anos de vida
Alegremo-nos porque o Menino do presépio ilumina os sínodos convocados pelo Papa Francisco para dar, à luz de Deus, respostas às situações difíceis de muitas famílias.
 
Alegremo-nos pelos casais que vivem na alegria da fidelidade conjugal, da abertura à vida, da oração na família e na Eucaristia e na alegria de anunciar Jesus aos filhos e aos vizinhos.
 
É Natal, Jesus está connosco.

Alegres pelo Seu nascimento, encontremos tempo para O contemplar e para Lhe abrir o coração de par em par nos mil sinais do Natal.
 
Alegres pelo Seu nascimento, levemos esperança aos casais vítimas do desemprego e da pobreza, aos casais com medo de acolher os filhos gerados, aos casais em que há pessoas com deficiência ou prisioneiras da droga ou da violência.
 
Alegres pelo Seu nascimento, apoiemos os movimentos de espiritualidade conjugal e familiar, os casais que cultivam e anunciam o Evangelho da família e aqueles que se esforçam por criar leis favoráveis ao desenvolvimento harmónico das famílias.
 
Então brilhará com intensidade a Luz do Natal em nós e na humanidade, mesmo no meio das maiores dificuldades da vida.
 
Jesus nasceu, é Deus connosco, alegremo-nos.

FELIZ e SANTO NATAL neste ano 2014.
 
+ Gilberto, Bispo de Setúbal



 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Nota Pastoral - Convite à celebração do Ano da Vida COnsagrada


 
Caros Diocesanos:
 
Por iniciativa do Papa Francisco, no cinquentenário do documento do Concílio Vaticano II sobre a vida religiosa, vai dedicar-se um 'ano' à Vida Consagrada, com início no dia 30 de Novembro e encerramento em 2 de Fevereiro de 2016.
 
A Conferência Episcopal Portuguesa, no seguimento da iniciativa do Santo Padre, publicou há dias a carta pastoral “Chamados a levar a todos o amor de Deus”, onde convida toda as igrejas a aproveitarem este ano para celebrarem e para apreciarem com renovada atenção a Vida Consagrada.
 
Feliz com esta iniciativa convido toda a Diocese - clero, leigos, movimentos e obras, consagrados e os diversos secretariados ou comissões - ao aproveitamento deste ano para a redescoberta do dom e do tesouro da Vida Consagrada. Peço também ao clero, aos responsáveis dos vários serviços e movimentos bem como aos catequistas e professores de EMRC que sensibilizem a todos os que lhes estão confiados para a redescoberta do dom precioso da Vida Consagrada.
 
A Vida Consagrada - mais abrangente que a 'vida religiosa' - está presente entre nós com sete institutos religiosos masculinos, a maioria padres; com 13 institutos religiosos femininos, incluindo o mosteiro da vida contemplativa, com dois novos movimentos tais como a Comunidade Shalon, no Cristo Rei e a Comunidade Aliança da Misericórdia, no Álamo e ainda com a ordem das Virgens e com as Auxiliares do Apostolado.
 
Espero que esta iniciativa do Papa Francisco nos ajude a manifestar-lhes apreço e gratidão pelo seu serviço nesta nossa querida Igreja de Setúbal e, dum modo muito especial, pelo 'serviço' de nos convidarem a colocar a Deus, em tudo e sempre, em primeiro lugar e de nos lembrarem que “ não temos aqui cidade permanente” (Heb.13,14) porque “somos cidadãos do Céu” (Fil.3,20). Espero também que este 'Ano' contribua para aprofundar a pastoral vocacional e para pedir ao Senhor novas vocações de consagração especial. Espero ainda que contribua para que cada consagrado - cada um com o seu carisma - nos ajude a viver e a testemunhar a alegria do evangelho, nos estimule a ir ao encontro dos irmãos mais fragilizados para os trazer para o centro e que nos ajude a viver com intensidade e com alegria a preparação para os quarenta anos da nossa Diocese sob o lema: 'Igreja de Setúbal, com Maria, alegra-te e evangeliza'.
 
No início do 'Ano da Vida Consagrada' convido a todos à leitura da carta da Conferência Episcopal sobre a Vida a Consagrada e, de modo muito especial, convido a todos vós, caros diocesanos, para a celebração do dia da Diocese, no dia 8 de Dezembro, na nossa Sé, às 16 horas para aí fazermos memória agradecida a Deus pela presença da Vida Consagrada na Diocese. De modo especial, espero a presença das comunidades 'servidas' pelos consagrados/as. Será uma boa maneira de entrarmos com o pé direito no ano da Vida Consagrada.
Implorando a bênção de Deus sobre cada um de vós, caros amigos, confio-me também com toda a Diocese à vossa oração.
 
23 de Novembro 2014, Solenidade de Cristo Rei.
+ Gilberto, Bispo de Setúbal

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

07/ 12 16h - Apresentação do Livro "Vim para Adorar-Te"



Apresentação de livro de Orações e Meditações no dia 7 de Dezembro as 16h na Igreja do Seixal no âmbito do tríduo da Padroeira, N.Sra. da Conceição, seguida de Adoração do Santíssimo.

Este livro surge no enquadramento da Adoração do Santíssimo Sacramento todas as manhãs na Igreja do Seixal, rezando pela vida matrimonial, vida consagrada (cujo ano da  Vida consagrada  iniciou no passado Domingo), rezando pelos sacerdotes, também pela paz no mundo de forma especial pelos cristãos perseguidos na fé.
 
A obra fruto do trabalho do casal Cristina e Pedro Silva, também do Pe. Marco Luís, da Paroquia do Seixal, é publicada pela AIS com uma amplitude nacional para promover mais a oração, em particular da Adoração do Santíssimo Sacramento.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Turquia: Papa apontou caminho de diálogo sob a sombra do terrorismo e da crise no Médio Oriente

(Lusa)
(Lusa)

 
             
Viagem de três dias marcada por preocupação com refugiados, aproximação à Igreja Ortodoxa e gestos de respeito pelo Islão




Istambul, Turquia, 30 nov 2014 (Ecclesia) – O Papa encerrou hoje em Istambul uma visita de três dias à Turquia, a sexta viagem internacional do pontificado, na qual deixou vários apelos contra o terrorismo e o fundamentalismo, lembrando as vítimas das guerras no Médio Oriente.

Francisco foi recebido pelas autoridades políticas do país em Ancara, começando por sublinhar o papel da Turquia como “ponte” entre dois continentes e a sua responsabilidade no combate ao extremismo, particularmente visível na ação do ‘Daesh’, o autoproclamado Estado Islâmico.
“Particularmente preocupante é o facto de que, sobretudo por causa de um grupo extremista e fundamentalista, comunidades inteiras – especialmente de cristãos e yazidis, mas não só – tenham sofrido, e ainda sofram, violências desumanas por causa da sua identidade étnica e religiosa”, declarou, no segundo discurso da viagem, no ‘Diyanet’, a Presidência para os Assuntos Religiosos - a mais alta autoridade islâmica sunita na Turquia.

Tal como fizera no palácio presidencial de Ancara, onde o terrorismo e as perseguições contra minorias religiosas na Síria e Iraque, Francisco recordou as centenas de milhares de pessoas que foram tiradas “à força das suas casas” e “tiveram de abandonar tudo para salvar a sua vida e não renegar a fé”.

O segundo dia da viagem, já em Istambul, começou com uma visita à Mesquita Azul, onde à imagem de Bento XVI, o Papa se descalçou e se manteve em "adoração silenciosa", virado para Meca, durante mais de um minuto.

Mais tarde, na única celebração pública para a comunidade católica, Francisco desafiou os vários membros da Igreja, nos seus diversos ritos, a construir a “unidade” entre si, rejeitando qualquer postura “defensiva”.

A reta final da viagem centrou-se no diálogo com o Patriarcado Ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), em vários encontros ecuménicos com Bartolomeu I, ‘primus inter pares’ no mundo ortodoxo, a quem o Papa pediu que o abençoasse a si e à “Igreja de Roma”.

Os dois responsáveis, que sublinharam os avanços rumo à “comunhão plena” entre as duas Igrejas, mostraram a sua preocupação com o Cristianismo no Médio Oriente, numa declaração conjunta.
Francisco e Bartolomeu I denunciaram a “dramática situação dos cristãos e de todos aqueles que sofrem no Médio Oriente”, que exige “não só uma oração constante mas também uma resposta apropriada por parte da comunidade internacional”.

“Não podemos resignar-nos com um Médio Oriente sem os cristãos, que ali professaram o nome de Jesus durante dois mil anos”, sustentam.

Antes, na igreja patriarcal de São Jorge, onde Francisco se associou à festa de Santo André, patrono do Patriarcado de Constantinopla, o Papa denunciou o “pecado gravíssimo” da guerra, recordando as vítimas dos países vizinhos, numa alusão indireta à ação dos jihadistas do Daesh.

“Algumas nações vizinhas estão marcadas por uma guerra atroz e desumana” declarou.

Simbolicamente, o programa concluiu-se com um encontro privado entre o Papa e um grupo de jovens e adolescentes refugiados, criticando “o triste resultado de conflitos exacerbados e da guerra, que é sempre um mal e nunca constitui a solução dos problemas, antes pelo contrário, cria outros”.

Esta foi a sexta viagem internacional do atual pontificado e a quarta visita de um Papa à Turquia

OC
 

Ter paciência e saber esperar

 
Comentário da jornalista vaticanista da Renascença à viagem do Papa Francisco à Turquia.
30-11-2014 23:38 por Aura Miguel
No primeiro dia da visita à Turquia, em Ankara, Francisco condenou o fundamentalismo, falou de direitos humanos e liberdade religiosa; mas também ouviu como resposta, por parte das autoridades políticas e muçulmanas, que é preciso condenar a islamofobia, ou seja, o ódio contra o Islão.
 
Na manhã seguinte, em Istambul o Papa cumpriu o gesto simbólico de entrar descalço na mesquita azul (tal como Bento XVI o tinha feito em 2006) mas, neste Domingo, após ter encontrado jovens refugiados que fugiram do Médio Oriente, com as suas famílias, vítimas do fanatismo islâmico, Francisco voltou ao assunto, em conversa com os jornalistas, a bordo do avião.
 
O Papa esclareceu que “nem todo o Islão é mau e que o Corão é um livro de paz”, mas que é preciso haver “uma condenação mundial do extremismo islâmico por parte dos líderes políticos, religiosos e intelectuais muçulmanos”.

Francisco revelou que gostaria de ter ido a um dos 22 campos que acolhem mais de um milhão de refugiados junto à fronteira turca, mas que isso não foi possível, não por vontade sua... Ainda a propósito dos cristãos vítimas dos radicais islâmicos, o Papa também mostrou vontade de ir ao Iraque, chegou mesmo a falar com o patriarca dos caldeus, Mons. Louis Sako, enviou àquele país o cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, mas todos reconheceram que a sua presença naquela zona “aumentaria ainda mais os problemas de segurança”.
 
Quanto ao diálogo com os ortodoxos de Constantinopla, o caminho vai de vento em popa, com mútuos sinais de amizade e desejo de comunhão, com uma declaração conjunta assinada por Francisco e Bartolomeu, onde se reconhece que “não nos podemos dar ao luxo de agir sozinhos, porque os actuais perseguidores dos cristãos não perguntam às vítimas qual é a igreja pertencem.”
 
“O caminho será longo e requer paciência”, conclui Francisco com um sorriso no regresso a Roma. E os ortodoxos de Moscovo, o pensarão disto? Resposta do Papa: “Temos de esperar, também gostaria de lá ir, ou ter um encontro com o Patriarca Kyrill, mas por causa da guerra (na Ucrânia), isso agora passou para 2º plano”.