Da
Introdução, Livro " Esposos e Santos, dez perfis de santidade
conjugal", a apresentar no dia 7 de Novembro as 21.30 na Igreja do Seixal
pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar e Editora Paulinas.
"O
esforço comum de conquista da santidade que Maria Beltrame Quattrocchi
descrevia como uma «formação do tecido maravilhoso que resulta do conjunto dos
dois» torna sólida, indissolúvel, a «unidade dos dois». A atual crise
do matrimónio não pode ser resolvida pelas efémeras teorias das breves «curas»,
propostas pelos psicoterapeutas os pelos sociólogos, mas deve ser superada
pelos próprios esposos, graças à sua profunda ligação a Deus que é Eterno Amor
e deseja acolher na sua casa os seres humanos que se amam. A partir do momento
da celebração do sacramento do matrimónio – mais que nunca e mais que em
qualquer outro lugar – o amor humano está indissoluvelmente ligado ao Amor de
Deus. Não se pode amar cada vez mais o cônjuge sem amar casa vez mais a Deus e
vice-versa. Os esposos cristãos não se contentam com a felicidade corporal,
para eles é natural aspirar à felicidade eterna. O verdadeiro amor ao outro
exprime-se no desejo comum de santidade, porque é ela que assegura que, no
futuro, os dois estarão juntos por toda a eternidade.
Quando
a Beata Maria Beltrame Quattrocchi, durante uma doença, tinha o pressentimento
da morte próxima, escrevia numa carta ao marido: «Sempre te apoiarei, te
confortarei, te defenderei das insídias do inimigo. […] Eu mesma, da terra ou
do céu te apresentarei a Deus como algo de meu e Ele te ajudará sempre não por
mim, mas porque já tudo o [que é] meu é inteiramente,
totalmente de Jesus».
Também Maria Beltrame
Quattrocchi desejou a continuação da comunhão matrimonial descrevendo-a como a
continuação da comunhão matrimonial, descrevendo-a como a recomposição do
tecido que se tinha rompido depois da morte do seu Luigi. A Igreja, ao
beatificar dois esposos, traz à plena luz esta nova forma de unidade dos dois
que continua na communio sanctorum.
O
fio condutor das histórias dos santos esposos que apresentamos é um grande,
forte e imutável amor recíproco não fechado numa satisfação sentimental de
contentar-se com um feliz «hoje», mas sempre em tensão para o aperfeiçoamento,
para um «amanhã» melhor, um amanhã que prossegue na eternidade."
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